Algumas pessoas deveriam ser eternas, tamanho o brilhantismo de sua vivência. Quem conheceu João Cid sabe a falta que ele faz. Nasceu em 9 de julho de 1916. Comemora-se, portanto, neste mês, o centenário de seu nascimento.

Aos dois anos mudou-se com a família da chácara do Pilarzinho (antigo terreno do Hospital Bom Retiro, em frente à Opet) para o casarão da Rua Clotário Portugal, no Centro de Curitiba. Filho de Clotário de Macedo Portugal e Anita Macedo Portugal, em sua infância passava férias na chácara da família em Campo Largo, local em que desenvolveu grande habilidade no trato com os animais. Cavalos e carros eram suas grandes paixões. Casou em primeiras núpcias com Dinorah Bacellar. Viúvo em 1960, teve seu segundo casamento com Dulce Bepler Portugal. Seus descentes: 9 filhos, 23 netos e 19 bisnetos.

Pai austero, mas com espírito agregador, adorava ver a família reunida e sempre valorizou seus primos, sobrinhos e colegas de trabalho com palavras de incentivo e um humor refinado e diferenciado.

Formou-se em Direito pela Universidade Federal do Paraná em 1939 e ingressou no Ministério Público em 1940. Exerceu os cargos de Procurador do Estado, Procurador de Justiça, tendo sido o Primeiro Procurador Geral eleito pelos pares. Tão logo se cogitou a criação do Tribunal da Alçada (hoje extinto) seu nome foi lembro pelo então governador Paulo Pimentel. Em1970 passou a compor o Tribunal de Alçada do Estado do Paraná, pelo quinto constitucional, tendo exercido a sua Presidência por duas vezes.

Foi professor da Universidade Católica e também um dos fundadores da Escola da Magistratura do Paraná. Em 1981 foi nomeado Desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná e se aposentou em 1986. Continuou trabalhando junto ao Conselho Penitenciário. Sempre privilegiou a carreira e se dedicava integralmente ao trabalho com o intuito de manter os processos em dia, para que assim a justiça não tardasse.

Mesmo com as sequelas de um AVC, seguiu sua vida estudando, trabalhando e honrando suas obrigações sociais juntos aos clubes aos clubes de serviço com Rotary, Clube dos 21 irmãos amigos e Instituto Germânico. Falecido em 2004, deixou como legado os exemplos da força do seu trabalho, amizades valores e grande amor pela vida.