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TJPR e Universidade Positivo assinam convênio para funcionamento do Justiça no Bairro no Núcleo de Prática Jurídica

O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná e a Universidade Positivo celebraram nesta sexta-feira (24/10) convênio para participação do Núcleo de Prática Jurídica do Curso de Direito da UP no Projeto Justiça no Bairro. Agora, além da atuação nos Juizados Especiais Cíveis, Criminais e da Fazenda Pública e atuação conjunta com o Fórum descentralizado da Cidade Industrial de Curitiba, o Núcleo de Prática Jurídica do Curso de Direito da Universidade Positivo passa também a fazer parte do maior projeto de responsabilidade social do Judiciário Paranaense, responsável só este ano, por mais de 100 mil atendimentos realizados em 20 eventos em várias regiões do Estado do Paraná.

Participaram da solenidade de assinatura do convênio a Coordenadora e criadora do Justiça no Bairro, Desembargadora Joeci Machado Camargo, o Juiz Diretor do Fórum Descentralizado da Cidade Industrial de Curitiba, Diego Santos Teixeira, o Reitor da Universidade Positivo, José Pio Martins, o Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Universidade Positivo na Universidade Positivo, Manoel Knopfholz, além de professores e alunos da instituição de Ensino.

Segundo o Magistrado Diego Santos Teixeira, Diretor do Fórum Descentralizado da Cidade Industrial de Curitiba, o projeto contribui para facilitar o acesso à Justiça, constituindo-se em mais uma opção onde as pessoas podem procurar a via do acordo inicial antes de tentar ajuizar uma ação e, desta forma, agilizar a composição de seu litígio de uma forma muito segura e profissional através da experiência da Universidade. "A informalidade , como é a essência do Projeto, proporcionam à população carente de Curitiba uma Justiça eficaz, rápida e de bastante qualidade pela via do acordo", destaca o Juiz.

De acordo com o professor Roberto Di Benedetto, Coordenador do Curso de Direito da Universidade Positivo, o prédio do Núcleo de Prática Jurídica foi reformado e ampliado para que pudesse atender às necessidades do Justiça no Bairro. "Nosso objetivo era ter aqui um polo avançado do Fórum Descentralizado da Cidade Industrial, então agora a gente vai poder contar com audiências aqui, com a presença do Juiz, com a presença do Ministério Público e isso é fundamental para essa prática real que a gente está desenhando para os alunos", explica o Coordenador.

A professora Alessandra Matos, Coordenadora Didática do Curso de Direito da Universidade Positivo, acompanha o Justiça no Bairro desde a primeira edição, e lembra que o Projeto nasceu da proposta de uma Juíza que decidiu trabalhar em prol da comunidade carente, que é aquela que não tem acesso à Justiça e, muitas vezes, também tem dificuldade em  entender os seus direitos. "Eu não consigo imaginar hoje como seria o nosso trabalho aqui na faculdade sem o apoio do Tribunal de Justiça, da Desembargadora Joeci e do Doutor Diego. A partir do trabalho do Justiça no Bairro, os alunos vivenciam a Justiça de verdade e através desse projeto, conseguimos sair da teoria para a prática , mas uma prática mais humanizada, onde os alunos se deparam com as necessidades das pessoas e isso é o Direito, eles vivenciam o Direito como uma ciência social e isso não tem como entender sem experimentar e o Justiça no Bairro permite que os alunos experimentem a Justiça de verdade, o acesso à Justiça, o acesso ao Direito e que eles criem experiências que vão levar para a vida inteira", ressalta a Coordenadora.

A Desembargadora Joeci Machado Camargo, completa esse pensamento afirmando que a identidade do Justiça no Bairro é justamente a ideia de transpor todas as barreiras e fazer com que haja uma descentralização do Poder Judiciário para dentro da Universidade. "Quando você ingressa com o Poder Judiciário na Universidade visando uma resposta social, você  tem na realidade uma grande oficina de trabalho onde os alunos acabam descobrindo as suas vocações e acabam por sentirem-se úteis e isso é muito importante para o amadurecimento deles", comenta a Desembargadora.

Esse aspecto pode ser comprovado na prática pela professora Thaís Amoroso Paschoal Lunardi,  Supervisora do Núcleo de Prática Jurídica. "O atendimento que nós fazemos aqui é a pessoas carentes e isso gera para o aluno uma sensibilidade que nem todos têm , então além do viés do aspecto humano, do aspecto formal de atender às características que um NPJ tem que ter, tem também o aspecto pedagógico de desenvolver uma atividade prática e possibilitar a esses alunos essa vivência prática", concorda a Supervisora .