Desembargadora assume Presidência interinamente e destaca aumento do protagonismo das mulheres na magistratura

Desembargadora Regina Helena preside sessão do Conselho da Magistratura

DESEMBARGADORA ASSUME PRESIDÊNCIA INTERINAMENTE E DESTACA AUMENTO DO PROTAGONISMO DAS MULHERES NA MAGISTRATURA

A Desembargadora Regina Helena Afonso Portes foi a primeira mulher a integrar o Tribunal de Alçada e o TJPR

Na última semana, a Desembargadora Regina Helena Afonso Portes assumiu interinamente a Presidência do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) em razão de viagem oficial do presidente da Corte.

Esta foi a primeira vez que ela ocupou o cargo e aproveitou a experiência para fazer um balanço da atual gestão: “Estou tendo uma visão maravilhosa do trabalho que foi feito, e só estou dando continuidade à belíssima gestão do Desembargador Renato Braga Bettega, que deve ser realmente elogiada pela qualidade e pela sensibilidade que ele teve durante toda a gestão”.

Perfil

A Magistrada foi nomeada Juíza do Tribunal de Alçada em março de 1992 e, em fevereiro de 1999, foi promovida a Desembargadora do TJPR. Ela já exerceu os cargos de Vice-Presidente, Corregedora e de Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Antes de se tornar Magistrada, exerceu a advocacia por 20 anos, tendo sido membro do Instituto dos Advogados do Paraná e do Instituto Brasileiro de Direito de Família e da Associação das Mulheres de Carreira Jurídica.

Pioneira

A Desembargadora Regina Portes foi a primeira mulher a desempenhar as funções de Vice-Presidente da OAB/PR, a primeira a presidir o TRE-PR e a primeira a integrar o Tribunal de Alçada e o TJPR. Segundo ela, essas situações de pioneirismo foram acontecendo sem programação prévia. “A vida coloca essas situações na nossa frente e temos que aceitar. Nunca me ocorreu ser a primeira. Eu fui advogada e, como advogada, fui a primeira Vice-Presidente da OAB, e também foi uma situação com que me deparei numa emergência de mudança de Presidência. Fui Vice-Presidente lá e Presidente em exercício várias vezes”.

Sobre ter chegado à Presidência do TJPR, ela conta que não tinha essa pretensão neste momento. “Eu espero que seja um estímulo essa minha vinda, essa minha luta de mulher, de mãe, de avó, esposa, de tantos trabalhos. É possível conjugar tudo isso com a atividade judicante”, ressalta.

A Desembargadora já poderia ter se aposentado, mas isso nem passa por sua cabeça ainda. “Eu acho a atividade judicante maravilhosa. Eu tenho muita alegria, já poderia estar aposentada, mas tenho muita alegria por estar trabalhando, me sinto muito bem fazendo o que faço. Isso talvez seja um estímulo para as juízas, ou para aquelas pessoas que num primeiro momento estão cursando a faculdade e amanhã ou depois pretendem um cargo, que lutem por seus sonhos, porque eles se realizam, bastando que nós tenhamos força para realizá-los”, finaliza.