Mulheres na Administração Pública: conheça 11 Diretoras e Supervisoras do TJPR


MULHERES NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: CONHEÇA 11 DIRETORAS E SUPERVISORAS DO TJPR

No Mês da Mulher, saiba mais sobre a atuação profissional e a trajetória de 11 mulheres que contribuem para o bom andamento da justiça estadual

Dos 21 cargos da Cúpula Administrativa do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) na gestão 2019/2020, 11 são ocupados por mulheres. Conheça a atuação dessas servidoras que contribuem diariamente para a direção, para a administração e para o bom andamento da justiça paranaense.

Envolvidas em ambientes e em procedimentos que vão além dos gabinetes, elas dividem, aqui, informações sobre suas experiências e trajetórias profissionais na Administração Pública – vivências que misturam desafios e aprendizados constantes, além do orgulho e da gratidão pelo trabalho realizado diariamente por elas e por suas respectivas equipes.

 

Visão global do Tribunal

Maria Alice de Carvalho Panizzi

Secretária do TJPR

“Muitos pensam: ‘se eu não passar num concurso aos 20 anos, não vai dar tempo de chegar ao auge’, então, desistem quando estão próximos de alcançar o que buscam; é preciso ser forte”, reflete Maria Alice de Carvalho Panizzi, Secretária do TJPR desde 2017, sobre seu caminho de estudos, paciência, adaptação e aprendizado a respeito do Direito e dos vários ângulos do Tribunal de Justiça.

Formada em Direito pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) aos 32 anos e Assessora Jurídica aprovada em concurso aos 38 anos, Maria Alice conhece as nuances do trabalho processual e administrativo e, hoje, trabalha diariamente com competências delegadas da Presidência. “São dois mundos muito diferentes: no gabinete, era difícil imaginar como é a Administração. Ao trabalhar com o Direito Administrativo, vemos, na prática, as demandas do estado como um todo: da aquisição, do trabalho que dá fornecer materiais para as comarcas, porque a instituição é muito grande. A atuação é macro”, conta. 

Sua experiência anterior como Diretora de Planejamento durante 5 anos a ajuda no cargo de Secretária – atividade que demanda atenção a todos os Departamentos, já que por sua sala passam solicitações plurais que vão do patrimônio à engenharia, além de questões disciplinares, de pessoal e de controle de nomeações.

 

O TJ nos detalhes

Juliana Moreno Dias Paredes

Subsecretária do TJPR

Atenta à realização das metas da gestão 2019-2020, Juliana Moreno Dias Paredes, Subsecretária do Tribunal de Justiça, realiza uma atividade que, assim como a da Secretária, lida com o TJ nos detalhes. De demandas de magistrados até solicitações da engenharia, o trabalho envolve a justiça estadual inteira e abrange atividades que são delegadas pela Secretaria e pela Presidência.

Há 11 anos no TJ, Juliana, também formada em Direito, viu o universo de trabalho – antes limitado ao gabinete de Desembargador – se expandir em grande escala. “A Administração do Tribunal é bastante complexa, envolvendo muitos departamentos, assessorias e núcleos. Esse trabalho é um grande desafio profissional e uma experiência ímpar, pois as habilidades que a Administração exige são diversas, como a gestão de pessoas, a coordenação e o planejamento de ações”, conta ela, que também é responsável pelo processamento das diárias de magistrados e servidores, pelo Centro de Transportes, pelo Centro Médico e pela supervisão da alocação e do preenchimento de vagas de estágio no Tribunal.

Do detalhe e do tempo necessários para a análise e estudo dos processos, hoje, Juliana está diante da rapidez e da responsabilidade inerentes às decisões administrativas. “O trabalho da Subsecretaria é muito diversificado. Recebemos vários expedientes que exigem uma decisão rápida e de acordo com os regramentos da Administração Pública”, afirma.

 

Valorização no trabalho administrativo

Fabiana M. Vasconcellos Marques Duarte

Diretora do Gabinete da Presidência

No TJ desde 2011, Fabiana M. Vasconcellos Marques Duarte passou 8 anos em meio aos processos cíveis do gabinete do Desembargador Adalberto Jorge Xisto Pereira (hoje, Presidente do TJPR), até assumir, em 2019, o desafio de ser Diretora do Gabinete da Presidência. Agora, ela assessora o Chefe do Poder Judiciário em todas as questões do Gabinete e faz a gestão de cerca de 40 pessoas.

Depois de tantos anos diante de demandas processuais, assumir essa nova atividade e as novas responsabilidades que a acompanham foi motivo de muito orgulho. “Sempre me senti valorizada pelo trabalho desenvolvido no gabinete e o maior reconhecimento disso foi o convite que recebi para assumir essa Diretoria”, afirma.

Sua atual função abrange diversas assessorias como a Jurídico-Administrativa, Judiciária, Patrimonial, Parlamentar, entre outras. A mudança foi acompanhada pelos novos aprendizados da função e da rotina: “O trabalho administrativo é desafiador e tem complexidades específicas, assim como um gabinete. O volume de trabalho na Presidência é bem grande, assim como era o trabalho processual. A diferença é que aqui é preciso atender muitas pessoas, fornecer informações e administrar as demandas da equipe”, detalha Fabiana.

 

Trabalho processual e detalhista em equipe

Adriana Zanellato D’Amico

Diretora da Assessoria de Recursos

Já são duas gestões como Diretora da Assessoria de Recursos, setor em que Adriana Zanellato D’Amico coordena a análise de cada um dos recursos dirigidos para os tribunais superiores, verificando a presença dos requisitos necessários para a subida dos processos. Trabalho que, em sua primeira gestão, produziu mais de 100 mil despachos em dois anos.

A formação em Direito e o período de 5 anos em que advogou a ajudam nas demandas do dia a dia e na administração dos mais de 5 mil feitos eletrônicos e 2 mil processos físicos do setor. “Nosso trabalho é processual e detalhista. A experiência que tive na advocacia me ajuda até hoje, pois me dá uma visão do outro lado, não apenas a visão do órgão público. Isso ajuda nos atendimentos e no auxílio de profissionais que nos pedem informações e orientações”, conta Adriana.

Desde 2003 no TJ, Adriana – que passou por gabinetes, pelo Núcleo de Conciliação e pelo Núcleo de Repercussão Geral e Recursos Repetitivos (atual Núcleo de Gerenciamento de Precedentes - NUGEP) – nunca se afastou dos processos. Hoje, como Diretora, ela administra não apenas os feitos da Assessoria, mas também uma equipe de 50 pessoas. “A experiência em gabinete me ajudou quando me tornei diretora. Penso que aqui sou uma colega que exerce a função de intermediação entre a equipe e os desembargadores e juízes auxiliares. Estamos aqui para trabalhar juntos”, diz ela.

 

Realizando metas de diferentes gestões

Amarilis Vellozo Machado

Diretora do Departamento Econômico e Financeiro

Engana-se quem limita o trabalho do Departamento Econômico e Financeiro à gestão da folha de pagamento dos funcionários do TJPR. Esse é apenas um item das diversas atribuições sob responsabilidade da Diretora Amarilis Vellozo Machado: seu departamento administra toda a execução orçamentária, financeira e contábil da instituição além de coordenar a arrecadação e a fiscalização das receitas dos fundos especiais.

“Todas as despesas do TJ são processadas e pagas pelo departamento”, explica Amarilis. Isso faz com que seu trabalho esteja em contato com várias outras Diretorias, como, por exemplo, as do Patrimônio, de Precatórios e de Gestão de Serviços Terceirizados.

Bacharel em Direito e em Ciências Contábeis, Amarilis é contadora do quadro do Tribunal e junta as duas formações para realizar seu trabalho na instituição. Ao todo, são 31 anos de TJ – e muito orgulho e gratidão por isso. “Na função em que estou, o mais gratificante é atender os magistrados e servidores e contribuir para o alcance de todas as metas de diferentes gestões”, conta ela, que, em 2019, iniciou a quinta gestão como Diretora.

 

Reinvenções ao longo da trajetória no TJ

Gianna Maria Cruz Bove Pereira

Diretora do Departamento de Gestão de Serviços Terceirizados

Desde 1998, Gianna Maria Cruz Bove Pereira ocupa o cargo de Economista do TJPR, mas, antes disso, já era servidora de carreira do Poder Judiciário: “Jamais imaginei que assumiria, no curso da minha vida funcional, cargos tão importantes de gestão. Em 1991, iniciei no TJ junto ao Cerimonial e isso foi muito importante, pois conheci como a instituição era estruturada e como era apresentada para o público externo”, conta ela que, hoje, alia as formações em Gestão Pública, Direito e Economia à frente do Departamento de Gestão de Serviços Terceirizados.

“O amadurecimento aliado com o conhecimento da estrutura do Tribunal, somado às oportunidades que me foram dadas ao longo dessa trajetória, fizeram com que eu me reinventasse e me encontrasse na área de direção. Diante dos inúmeros desafios, posso afirmar que várias foram as reinvenções nesse caminho”, destaca a servidora, que já ocupou, na estrutura do TJ, os cargos de Secretária e de Diretora do Fundo da Justiça (Funjus).

Suas atribuições atuais envolvem a parte operacional, técnica e jurídica da terceirização - desde seu planejamento, contratos, pagamentos, fiscalização e análise de normas que envolvem esse modelo, além da avaliação da eficiência dos serviços prestados. “O trabalho é extremamente dinâmico: não vemos o tempo passar e, ao fim do dia, é possível perceber que realizamos muitas coisas”, afirma Gianna, gestora de cerca de 100 funcionários que atuam em equipe e com comprometimento para administrar os mais de 2,5 mil trabalhadores terceirizados que prestam serviços para a justiça estadual.

 

Equilíbrio entre mulheres e homens nas chefias

Mariana da Costa Turra Brandão

Diretora do Departamento do Patrimônio

Mariana da Costa Turra Brandão, Diretora do Departamento do Patrimônio, trabalha, desde 2006, no setor que é responsável pelas licitações e pelo fornecimento de material de consumo e bens permanentes, como mobiliário e materiais de escritório, para todo o judiciário paranaense.

Com formação em Direito e pós-graduação em Ciências Criminais, Mariana não se imaginava na posição atual quando foi aprovada para o cargo de Assessora Jurídica, há 13 anos. “Eu tive que estudar muito a área de licitação e contratos e também de logística – que não tem tanta relação com o curso de Direito. Me socorri de livros e cursos para me aprofundar e gostei muito. Dos pareceres feitos aqui no Departamento, acabaram saindo artigos para revistas jurídicas com temas como análise de contratos e reequilíbrio contratual”, conta Mariana.

Sob sua gestão estão 83 servidores que a ajudam a administrar as diversas demandas dos dois graus de jurisdição - uma composição funcional que tem equilíbrio e igualdade nas chefias. “Aqui no Departamento, sentimos que temos uma valorização muito grande das mulheres: ocupamos metade das chefias, há um equilíbrio, uma igualdade. Todos opinam e conversam para trabalharmos da melhor forma”, destaca a Diretora.

 

Realização pessoal e profissional na materialização da justiça

Patrícia Caetano

Diretora da Central de Precatórios

A gestão do dinheiro que o Poder Executivo (estadual e municipal) disponibiliza ao TJ para o pagamento de credores passa pela Diretoria chefiada, desde 2013, por Patrícia Caetano, na Central de Precatórios. Pós-graduada em Direto Tributário e Assessora Jurídica do TJPR há quase 16 anos, sua trajetória no Tribunal passou pelo trabalho com acórdãos e minutas em gabinete, pela assessoria de recursos, por auxiliar de juiz na Presidência até administrar o crédito de mais de 40 mil credores.

Chegar ao cargo de direção foi um sonho realizado e alimentado pelo interesse pela área administrativa. “Gosto muito do dinamismo desse setor: de ver o resultado materializado, de conseguir processar um pagamento e de ver a prestação jurisdicional chegando às pessoas, diminuindo a fila de credores e de devedores”, diz ela com orgulho.

Diariamente, Patrícia e sua equipe são desafiadas a responder com clareza, segurança e domínio de conteúdo dúvidas de pessoas à espera de pagamentos, além de autoridades e de órgãos externos. O conhecimento de causa respalda as ações do Tribunal. “Temos que deixar claro que o TJ não é Executivo e não é devedor. O TJ é um ente central, é o administrador dos recursos dos devedores e deve fazer a conta certa para realizar os pagamentos a quem de direito”, explica a Diretora.

 

Modernizar a justiça com humanização

Daniela Ribas Rocha

Supervisora do Centro de Digitalização

Há 30 anos no TJ, Daniela Ribas Rocha, graduada em Direito, viu os processos costurados em numerosas pilhas de papel se transformarem em arquivos digitais e fez parte dessa mudança. “Vi nascer o processo eletrônico no TJ. Vi as dificuldades que passamos para aprender e para ensinar a como trabalhar com ele. A digitalização é um caminho sem retorno, o papel acabou. Isso dá mais rapidez e segurança para o processo”, conta Daniela, satisfeita em atender melhor os jurisdicionados.

Supervisora do Centro de Digitalização, desde 2010, Daniela e sua equipe de estagiários cuidam da transformação dos feitos que ainda são físicos. “A nossa atualização se reflete nos julgamentos. Cada pessoa que trabalha aqui tem um papel importante, pois todo documento que é digitalizado por um estagiário é visto por um Ministro”, observa.

Em meio à modernização, a humanização do trabalho e a acessibilidade no setor são preocupações constantes: “Trabalhamos com pessoas com necessidades especiais e colocamos em prática a função social do TJ. Isso é muito gratificante. Eles trabalham com muita competência”, diz Daniela, que também é membro da Comissão de Inclusão e Acessibilidade do Tribunal.

 

Um elo entre o judiciário e o cidadão

Roseliz Patitucci

Supervisora da Ouvidoria-Geral da Justiça

O gosto por desafios e também por ouvir e transformar a realidade da justiça movem Roseliz Patitucci, Supervisora da Ouvidoria-Geral da Justiça. Ali, sua equipe recebe denúncias, reclamações e elogios: materiais que permitem identificar o que está certo e o que pode ser melhorado nos serviços prestados pelo TJ. “A ouvidoria é o canal entre o cidadão e o judiciário. Temos essa visão que as pessoas trazem de fora”, diz Roseliz.

Formada em Direito e pós-graduada em Direito Administrativo, ela trabalha no TJ desde 1985. Nesse período, viu a unificação do antigo Tribunal de Alçada, a chegada da informatização e tantas mudanças que exigiram várias adaptações profissionais nos mais diversos setores pelos quais passou – de gabinetes, ao trabalho com precatórios e com antigos Presidentes do Judiciário.

“O TJ faz parte da minha vida. Quando entrei, imaginei que trabalharia a vida toda com os processos, mas cada lugar aqui dentro tem sua especificidade. Me encantei e me descobri na parte administrativa, com os desafios diários do trabalho e da administração de pessoal. É um universo muito enriquecedor e gratificante”, afirma, orgulhosa do percurso percorrido até hoje.

 

Após 10 anos, um novo TJ à sua frente

Letícia Nicoletti Gilioli

Diretora do Departamento da Corregedoria-Geral da Justiça

Após 10 anos trabalhando como Assessora Jurídica – chegando a alcançar a chefia de um gabinete – Letícia Nicoletti Gilioli se viu, em 2019, diante de um novo universo dentro do TJ ao assumir a Diretoria do Departamento da Corregedoria-Geral da Justiça. Aprender as novas responsabilidades – que envolvem o auxílio ao Corregedor-Geral no adequado trâmite de processos referentes à fiscalização dos estabelecimentos do Poder Judiciário, além de atuação em processos administrativos contra juízes e agentes delegados do foro judicial e extrajudicial – foi combustível para a sua motivação.

“Sair da zona de conforto é ótimo, me dá energia para trabalhar. Tive que aprender as atribuições do novo Departamento do começo: estudar legislação, reaprender conceitos básicos, além de lidar com pessoas, que é algo muito importante na Administração”, afirma a Diretora – que, antes, chefiava 10 pessoas no Gabinete do atual Corregedor-Geral da Justiça, o Desembargador José Augusto Gomes Aniceto. Agora, mais de 65 pessoas, divididas em 7 divisões, estão sob a direção de Letícia – graduada em Direto com especialização em Processo Civil.

“Ao receber essa nova função, me senti absolutamente lisonjeada e valorizada. Foi um reconhecimento imenso. A experiência com o trabalho administrativo - que é tão diferente do dia a dia do gabinete – está sendo muito enriquecedora”, conta Letícia, pronta para o biênio em que apoiará e auxiliará a Corregedoria-Geral e a Corregedoria da Justiça à frente do Departamento por onde passam mais de 2 mil processos por mês.