Presidente do TJPR anuncia reserva de vagas de estágio de Ensino Médio a jovens em situação de vulnerabilidade social


PRESIDENTE DO TJPR ANUNCIA RESERVA DE VAGAS DE ESTÁGIO DE ENSINO MÉDIO A JOVENS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL

Anúncio foi feito durante formatura do Programa Jovens Promissores

No dia 27 de fevereiro, uma cerimônia realizada no auditório do Plenário do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) formou 37 adolescentes que participaram do Programa Jovens Promissores. O evento, que reuniu magistrados, autoridades da Polícia Militar, do Exército e de instituições de assistência social, foi organizado pelo TJPR por meio de sua 2ª Vice-Presidência.

Compondo a mesa, estiveram o Comandante Geral da Polícia Militar do Paraná, Coronel Maurício Tortato; o General de Brigada Comandante da 5ª Região Militar, Aléssio Oliveira da Silva; a Diretora Executiva da Universidade Livre Para a Eficiência Humana (UNILEHU), Yvy Karla Abbade; a Presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Elenice Malzoni; o Juiz Auxiliar da 2ª Vice-Presidência, Ricardo Henrique Ferreira Jentzsch; a Desembargadora Sônia Regina de Castro; o Desembargador Ruy Muggiati, presidente do Conselho dos Juízos da Infância e da Juventude (CONSIJ); a Desembargadora Lidia Maejima, 2ª Vice-Presidente do TJPR e idealizadora do Programa; e o Desembargador Renato Braga Bettega, Presidente do TJPR.

Depois de discursarem sobre os benefícios da iniciativa e destacarem a importância do trabalho, os integrantes da mesa entregaram os certificados de conclusão da 1ª Edição dos Jovens Promissores para os 24 formandos presentes.

Com o diploma em mãos, uma das jovens, T.G., de 17 anos, diz que se sentiu muito agradecida por participar do Programa: “Participar desse curso foi muito importante para mim, foi um privilégio, eu aprendi muitas coisas e tenho certeza de que vou levar esse aprendizado para minha vida toda”. Outro formando, A. A. B., de 15 anos, destacou a mudança que a iniciativa provocou em sua vida. “Depois que participei do Jovens Promissores eu mudei completamente meus planos e minhas perspectivas. Agora eu tenho vontade de fazer tudo aquilo que já tinha deixado de lado e ainda tenho vontade de reviver os sonhos que havia deixado morrer dentro de mim. Eu considero o programa uma experiência incrível e única na minha vida”, relata.

Finalizando a primeira edição com resultados expressivos, o objetivo do Jovens Promissores é atender todos os adolescentes a partir de 14 anos de idade que estejam em acolhimento institucional em Curitiba e Região Metropolitana, até o fim de 2018. Para tanto, novas turmas serão iniciadas já a partir deste mês.

Vagas de Estágio no TJPR

Um dos momentos mais aplaudidos da tarde foi o anúncio feito pelo Presidente do TJPR, Desembargador Renato Braga Bettega, sobre a assinatura de um Decreto que reserva vagas de estágio para adolescentes em situação de risco. De acordo com o texto, 10% das vagas de estágio de ensino médio no Tribunal serão reservadas para adolescentes em situação de vulnerabilidade social, incluindo os jovens em acolhimento institucional atendidos pelo Jovens Promissores.

Sobre o Programa

Idealizado e supervisionado pela 2ª Vice-Presidência do TJPR, o programa é executado em parceria com o CEJUSC do Fórum Cível de Curitiba, com a Escola de Servidores do TJPR (ESEJE), com a PMPR, com o Exército, com o Conselho Regional de Contabilidade, com a UNILEHU e com o Paraná Clube. Com o objetivo de mobilizar esforços por parte do Poder Judiciário e de diversos setores do poder público e da sociedade, a iniciativa busca oferecer ferramentas para que os adolescentes acolhidos desenvolvam as condições de assumir o papel de protagonistas de suas próprias histórias, tornando o desligamento dos programas de acolhimento menos traumático.

Lançado em setembro de 2017, o Jovens Promissores teve início com uma série de estudos, realizados em Curitiba e região metropolitana, que permitiram a identificação dos adolescentes que se encontravam acolhidos e com idade próxima a 18 anos, ocasião em que são desligados das instituições de acolhimento e passam a ter a responsabilidade de se sustentarem. Além disso, foram identificados os principais desafios que comprometem o desenvolvimento da autonomia, como vínculos familiares fragilizados, reiteradas violações a direitos fundamentais, desigualdade de oportunidades, preconceito, escolaridade comprometida, dentre outros.

A partir desses levantamentos, as ações do Programa foram divididas em duas etapas. Na primeira, de formação, foram oferecidas atividades como visitas guiadas ao TJPR, círculos restaurativos (visando estimular a reflexão, a autoestima, o resgate de valores e a criação da identidade do grupo), oficinas de educação financeira e empreendedorismo, além de visitas a diversas instituições públicas e privadas, nas quais os adolescentes puderam conhecer algumas carreiras e profissões.

A segunda etapa diz respeito aos acompanhamentos individuais: os adolescentes foram orientados e, sempre que possível, encaminhados a cursos profissionalizantes ou a vagas de estágio, aprendizagem ou emprego.

Texto: 2ª Vice-Presidência.