Notícias

A produtiva vida longeva do Desembargador Luis Renato Pedroso


A PRODUTIVA VIDA LONGEVA DO DESEMBARGADOR LUIS RENATO PEDROSO

Por Robson Marques Cury, Desembargador do Tribunal De Justiça Do Paraná

Sem sombra de dúvidas, foi marcante a trajetória de vida do Desembargador Luis Renato Pedroso, paranaense de Foz do Iguaçu, nascido em 18 de fevereiro de 1928, prestes a completar o nonagésimo ano de vida.

Bacharel pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), colou grau no ano de 1950. Iniciou suas atividades profissionais no ano seguinte como Promotor Público e, em 1955, foi nomeado Juiz Substituto. Professor em diversas Faculdades no interior e na capital. Exerceu a Presidência da Associação dos Magistrados do Paraná (AMAPAR) nos anos de 1975/1980 e 1985/1987. Nesse último período concomitantemente exerceu a vice-presidência da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Em 1970 foi nomeado Juiz do Tribunal de Alçada e eleito vice-presidente. Em 1978 foi nomeado Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, onde ocupou o cargo de Corregedor, no biênio 1983/1984, e de Presidente da Corte no biênio 1991/1992, quando presidiu as comemorações do Centenário do Tribunal de Justiça e o Primeiro Congresso de Presidentes dos Tribunais de Justiça. Aposentou-se no ano seguinte.

Incontáveis os artigos jurídicos e obras e produção literária. Exerceu intensas atividades cívicas e culturais. Foi idealizador e primeiro presidente, em 1996, da Câmara de Mediação e Arbitragem da Associação Comercial do Paraná (ACP). De 1995 a 2003 foi membro do Conselho Estadual do Fundo Penitenciário do Paraná. Pertence desde a década de 1960 ao Rotary Clube Internacional. Membro do Movimento Pró-Paraná, Ente de Relações Institucionais do Paraná desde a sua fundação. Membro benemérito da Academia Paranaense de Letras Jurídicas e do Centro de Letras do Paraná, além de outras Academias.

Recebeu 26 títulos de Cidadania Benemérita e Honorária e inúmeras medalhas, diplomas e condecorações.

A seu respeito discorreu a historiadora Chloris Elaine Justem de Oliveira: “O Desembargador Luis Renato Pedroso, homem culto e prestigiado pelos Juízes, reconhecido pelos dotes de oratória, com habilidade e competência administrativa teve marcante presença na história da magistratura paranaense”.

E o Desembargador jubilado José Wanderlei Rezende, então ocupante da cadeira 32 da Academia Paranaense de Letras, endereçou-lhe a seguinte missiva: “Digo-lhe que sou muito grato por usufruir de sua convivência, nesses longos anos de magistratura, e que são inúmeras as boas lembranças que guardo da sua pessoa, das lições que me ensinou, das demonstrações de apreço e, sobretudo, do que você representou de maior para o Poder Judiciário do Paraná e, agora, servindo com tanta maestria, a vida literária”.

Já Joel Pugsley, do Centro de Letras do Paraná, alinhavou: “Em nossa jornada terrena, temos pessoas especiais que vêm ao nosso encontro para soluções, tornando o caminho mais aplanado. Elas deixam marcas indeléveis, motivo pelo qual lhes devemos reconhecimento e gratidão. Tenho uma dessas pessoas em nosso dileto amigo e presidente Luís Renato Pedroso”.

A sua obra “Um Pouco de Mim”, de 2006, tem inspirado a muitos operadores do direito, o que me motivou a escrever o opúsculo “Cotidiano Forense”, publicado em 2016.

Para arrematar, cumpre registrar mais uma vez, um dos seus maiores legados, ao cunhar a expressão “O Juiz dos Juízes”, adotada pela magistratura brasileira.

Assim, em breve síntese, a produtiva trajetória do longevo Desembargador Luis Renato Pedroso, paradigma de gerações de magistrados paranaenses.