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Programa “Justiça e Cidadania Também se Aprendem na Escola” promove atividades educativas com estudantes do ensino público


PROGRAMA “JUSTIÇA E CIDADANIA TAMBÉM SE APRENDEM NA ESCOLA” PROMOVE ATIVIDADES EDUCATIVAS COM ESTUDANTES DO ENSINO PÚBLICO

Em Curitiba, 35 escolas participam do projeto de cidadania do TJPR e realizam ações como júris simulados, concursos de redação e exercícios lúdicos

Desde o final do mês de setembro, o Programa “Justiça e Cidadania Também se Aprendem na Escola” realiza sua última etapa do ano em diversas escolas em todo o Paraná. Por meio da iniciativa, milhares de estudantes do ensino fundamental participam de atividades culturais e educativas sobre temas relacionados à justiça e à cidadania. Em Curitiba, 35 escolas desenvolverão essas atividades até o início de dezembro.

Nesta quarta-feira (13/11), a equipe do Fórum Descentralizado do Pinheirinho, bairro da capital do Estado, participou do encerramento do programa na Escola Municipal Maringá. Os estudantes mostraram o resultado das atividades desenvolvidas no projeto: eles apresentaram maquetes e duas fábulas que traziam uma reflexão sobre conceitos como justiça, direito e moral.

Segundo a Diretora do Fórum, a Juíza Manuela Simon Pereira Rattmann, este é o terceiro ano que a equipe do TJPR vai a essa escola e se surpreende com a criatividade dos alunos. Para ela, o projeto é importante, porque transmite conceitos fundamentais para a formação cidadã das crianças. “A ideia da utilização das fábulas é genial: com uma linguagem acessível a todos, ela trata de conceitos muito complexos. Nem sempre a justiça, o direito e a moral são a mesma coisa”, afirmou. Além da magistrada e dos servidores do Judiciário, também estavam presentes a Promotora de Justiça Vanessa Toporovicz Beltrão Lacerda e o advogado Marcelo Ortolani Cardoso.

Agentes multiplicadores

Desenvolvido anualmente pela 2ª Vice-Presidência do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), o Programa “Justiça e Cidadania Também se Aprendem na Escola” busca garantir a integração entre o Poder Judiciário e a sociedade, contribuindo para a formação e para o despertar da cidadania entre as crianças, consideradas agentes multiplicadores de conhecimentos.

Para a Diretora da Escola, Sandra Barbarini Barbosa, esse objetivo foi atingido ao longo do ano: “As crianças se sentem muito motivadas no projeto, porque há muito debate, muito diálogo nas questões que envolvem a justiça. E, neste ano, a atividade com as maquetes também envolveu as famílias. O projeto se estendeu até a casa das crianças, foi muito gratificante”.

A estudante Natalie ganhou a premiação de melhor redação sobre a temática da justiça. Ela afirmou que teve a oportunidade de aprender por meio de uma atividade lúdica. “A fábula diz que a justiça e o direito andam juntos, pois sem direito não há justiça”, disse a aluna do 5º ano, ao ler um trecho de sua redação.

Etapas do programa

No primeiro semestre de cada ano, os estudantes recebem cartilhas didáticas sobre a Justiça e questões que envolvem os direitos e os deveres dos cidadãos. Em um segundo momento, juízes, promotores e advogados visitam as escolas para promover palestras sobre os temas tratados nas cartilhas. Na sequência, os estudantes têm a oportunidade de conhecer a sede do Tribunal de Justiça ou os Fóruns das Comarcas do interior. O projeto é encerrado com uma produção cultural dos alunos. Normalmente, eles elaboram redações sobre os temas trabalhados. Também podem ser realizadas pinturas, apresentações musicais ou júris simulados. 

Projeto “Cuidar de quem cuidou de mim”

Uma outra instituição de ensino do bairro Pinheirinho encerrou o projeto de uma maneira diferente: além do concurso de redação, os estudantes do 5º ano da Escola São Mateus do Sul fizeram uma ação concreta de cidadania. Os resultados foram apresentados no dia 6 de novembro à Diretora do Fórum Descentralizado e a advogados, promotores e à equipe de servidores da unidade judicial.

A Juíza Manuela Rattmann explica que a escola criou o projeto “Cuidar de quem cuidou de mim” em paralelo ao “Justiça e Cidadania Também se Aprendem na Escola”. Nos últimos meses, os alunos tiveram a ideia de arrecadar lacres de latinhas de alumínio e tampinhas de garrafas PET para trocar por cadeiras de roda. A campanha, feita em toda a escola, também envolveu familiares e amigos dos estudantes.

Ao final, os alunos conseguiram 120 fraldas geriátricas e duas cadeiras de roda, que foram adquiridas com a troca dos materiais recicláveis. As doações serão entregues ao Hospital do Trabalhador.