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Projeto idealizado por Juíza do TJPR ganha o terceiro lugar no Ideathon


PROJETO IDEALIZADO POR JUÍZA DO TJPR GANHA O TERCEIRO LUGAR NO IDEATHON

Competição, idealizada pelo Laboratório de Inovação e Inteligência da Associação dos Magistrados Brasileiros, visa estimular o desenvolvimento de soluções tecnológicas criativas no Poder Judiciário

Nesta quinta-feira (8/4), o projeto “Dashboard: Ferramenta para fortalecimento da prestação jurisdicional às mulheres em situação de violência doméstica e familiar”, desenvolvido pela Juíza Taís de Paula Scheer do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), ganhou o terceiro lugar no Ideathon, competição idealizada pelo Laboratório de Inovação e Inteligência da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB Lab). A magistrada atua na 5ª Subseção Criminal da Comarca de Curitiba, designada para atuar em colaboração no 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, e é integrante da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (CEVID). 

O projeto elaborado pela Juíza pretende auxiliar na melhoria da prestação jurisdicional, tornando-a mais efetiva e adequada aos anseios da mulher em situação de violência. Além disso, por meio dos dados gerados pelo sistema, será possível o desenvolvimento de políticas públicas de combate à violência contra a mulher, não apenas no âmbito do Poder Judiciário, mas também do Executivo e Legislativo. 

 “A inovação pretende concentrar informações relevantes para análise dos casos por meio de uma ferramenta de gerenciamento visual de informações – dashboard; expondo de forma objetiva um conjunto de informações com indicadores e métricas, que poderá servir, inclusive, para fomentar políticas públicas e gerar dados estatísticos”, explica a magistrada. 

O objetivo é mapear informações para construir uma base de dados dos atendimentos prestados à mulher e à sua família pelos órgãos do Estado, a fim de evidenciar quais as soluções mais adequadas para o encerramento do ciclo de violência e superação dos traumas decorrentes, envolvendo tanto recursos jurídicos quanto outros meios. 

A Juíza destaca que o projeto visa concentrar todas as ações realizadas pela rede de proteção à mulher vítima de violência: “Em uma mesma plataforma de dados, ao Juiz será possível visualizar informações relativas a ações penais; medidas protetivas de urgência; inquéritos policiais; formulário de avaliação de risco; ações em trâmite na vara de família; comparecimento a grupos de reeducação e encaminhamentos à rede de apoio para tratamentos de saúde mental e física; dependência química; alcoolismo; cursos profissionalizantes; atendimentos pelos CRAS e CREAS e quaisquer outros prestados à mulher, bem como a seus familiares, em especial, menores de idade, e ao autor da violência.” 

 

Ideathon 

A proposta da competição idealizada pela AMB Lab tem como objetivo estimular o desenvolvimento de soluções tecnológicas criativas no Poder Judiciário. Esta, que foi a primeira edição, teve como foco a criação de soluções que auxiliem o Judiciário no combate à violência doméstica e familiar. Teve, ainda, como base, a Meta 5 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que inclui a efetivação de medidas protetivas da Lei Maria da Penha e a eficiência de trâmites eletrônicos em processos relacionados à violência contra a mulher. 

Os critérios utilizados pela comissão julgadora para escolher os vencedores incluíram potencialidade de inovação, eventuais custos de implementação e impactos para o Judiciário com o desenvolvimento da ideia apresentada, eventual usabilidade do insight tecnológico e facilidade de implantação. 

As ideias premiadas serão apresentadas ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como soluções de tecnologias da informação e comunicação da Magistratura para o combate da violência doméstica e familiar contra a mulher.