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Trabalho desenvolvido pelo Centro de Digitalização é reconhecido pela Presidência do TJPR


Trabalho desenvolvido pelo Centro de Digitalização é reconhecido pela Presidência do TJPR
Grande parte do trabalho desenvolvido no Centro de Digitalização do TJPR é feito por pessoas com deficiência auditiva
Qua, 29 ago 2018 16:13:29 +0000

Em apenas três dias foi possível concluir a digitalização de 660 processos que tramitam no 2º Grau de jurisdição. São resultados como esse que vêm despertando a atenção não só da Presidência do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) como também de outros estados.

Confira fotos no FLICKRTJPR.

Nesta quinta-feira (23/8), o Presidente do TJPR, Desembargador Renato Braga Bettega; a Desembargadora Ana Lúcia Lourenço; o Diretor do DPLAN, Vinícius Lopes, e as magistradas Fabiane Pieruccini e Fabiana Silveira Karam estiveram no Centro de Digitalização, que funciona na sede da Mauá, para conhecer o local e a sistemática de trabalho.

O Diretor do Departamento de Gestão Documental, Fernando Wyatt Sobrinho, apresentou a equipe de trabalho, que é formada por 86 estagiários de graduação, pós-graduação e também alguns do ensino médio. Fernando destacou que grande parte do pessoal integra o projeto “Abraçar para Incluir”, que busca inserir no mercado de trabalho pessoas com deficiência.

Durante a visita, o Diretor do Departamento de Gestão Documental explicou como acontece a digitalização, desde o início do processo até a inclusão no ProJudi. “Primeiro efetuamos a limpeza dos processos físicos, retirando todos os clips e grampos, só após começamos o trabalho de escanar. É redobrado o cuidado com as folhas para manter a paginação correta, evitando erros no processo de digitalização.” Ele ressaltou, ainda, que antes de ser inserido no ProJudi, todo o processo passa por uma conferência da digitalização e, logo após, é remetido para o setor que faz a inclusão no sistema de processo eletrônico.

O Presidente do TJPR disse que ficou extremamente satisfeito com a dedicação e o empenho de toda a equipe e, principalmente, por estar oferecendo vagas para pessoas com deficiência. “Fiquei impressionado com a sistemática e a operacionalização dos trabalhos, isso repercute em benefícios não só para a Corte, mas para essas pessoas que necessitam de oportunidade para demonstrar a sua capacidade laborativa.”

Exemplo para outros estados     

Além dos expressivos resultados alcançados pelo setor, que tem capacidade de digitalizar em torno de 40 mil páginas por dia, o Centro de Digitalização do TJPR é referência para outros estados.

No ano passado, duas representantes do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT) estiveram no Paraná para conhecer o funcionamento do Centro de Digitalização. Atualmente, o estado (MT) possui um Centro de Digitalização com 28 estagiários, que foi planejado e estruturado à semelhança do existente no TJPR.

Inclusive, no TJMT, o trabalho de virtualização dos processos é realizado por pessoas com deficiência.

Projeto Abraçar para Incluir

Desde 2014, o Tribunal de Justiça do Paraná conta com a colaboração de pessoas com deficiência no trabalho de digitalização de processos judiciais. A iniciativa faz parte do “Projeto Abraçar para Incluir”, criado pela servidora Daniela Ribas Rocha, que supervisiona o Centro de Digitalização, em Curitiba. No local trabalham atualmente 86 pessoas.

Para garantir a efetividade e a continuidade do projeto, o Tribunal firmou uma parceria com a Universidade Livre para a Eficiência Humana (Unilehu), associação civil sem fins lucrativos que atua no desenvolvimento profissional de pessoas com deficiência. Uma característica importante desse trabalho é a oportunidade que os colaboradores têm de estar em um ambiente que promova a integração e a realização de uma atividade intelectiva. A cada duas semanas uma psicóloga da Unilehu realiza uma visita à unidade para garantir a efetividade do desenvolvimento profissional deles.