Um grupo de oito alunos visitou na terça-feira (2/4) o Fórum de São Miguel do Iguaçu para a realização de um trabalho escolar, que teve por objeto o estudo da obra "O Processo", do escritor alemão Franz Kafka. Os alunos, que estão no 9º ano do Colégio Ativa, foram recebidos pelos Juízes Ferdinando Scremin Neto e Márcio de Lima, da Comarca de São Miguel do Iguaçu, pelo Promotor André Luiz Querino Coelho e também por representantes da OAB/PR.

Na ocasião, eles conheceram os trabalhos do Fórum e interagiram com os profissionais do direito. "Foi uma oportunidade de apresentar as atividades forenses aos futuros profissionais. Uma das alunas manifestou o desejo de ser juíza, isso é muito gratificante", relatou o Juiz Ferdinando Scremin Neto, que atua na área criminal.

Os estudantes realizaram um julgamento simulado nas dependências do Tribunal do Júri, tendo como base a obra de Kafka. Segundo o magistrado, “a trama mostra as agruras do processo judicial e se traduz em importante reflexão para os alunos que neste ano concluem o ensino fundamental”. Os alunos estavam acompanhados pela professora Marcia Munhak Speggiorin.

Obra

O romance “O Processo” conta a história do bancário Josef K., que é processado sem saber o motivo. Funcionário exemplar, ele ocupava cargo de grande responsabilidade em um famoso banco. Desempenhava sua função com muita dedicação, razão que o levou, em pouco tempo, a crescer na empresa. Na manhã em que completou 30 anos, Josef K. foi detido em seu próprio quarto por dois guardas, que tomaram o café que devia ter sido dele, e depois, sugeriram estarem sendo subornados. Neste momento inicia o pesadelo de Josef K., que foi detido sem ter feito mal algum. A princípio, imaginava ser uma brincadeira de seus colegas de banco, pois não podia acreditar no que estava acontecendo.

Josef K. acreditava que todo o mal-entendido seria esclarecido e ao ser convocado para um interrogatório viu a oportunidade de isto acontecer. Estava errado. Deparou-se com um inspetor rude e agressivo que o ameaçava e fazia chantagens. Contudo exigia esclarecimentos, porém inutilmente, já que nem o inspetor e nem os guardas sabiam o motivo de sua detenção.