CEVID

05/12/2013

Na tarde que antecedeu a cerimônia de abertura da Mobilização pelos Direitos das Mulheres em Londrina (5/12), foi aberto espaço para a comunidade se manifestar por meio da audiência pública realizada pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (CEVID) e entidades parceiras.

Manifestaram-se durante a audiência, em suas respectivas áreas: Marília Bittencourt Merce – CRIAS (organização da sociedade civil); Renata Maciel de Freitas – Projeto Caminhos; Lucimar Rodrigues da Silva – Diretora de Enfrentamento a Violência contra a Mulher da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres; Almir Escatambulo – Assessoria Especial da Pessoa com Deficiência de Londrina; Marisse Queiroz – Regional Paraná da Rede Nacional Feminista de Saúde; José Mendes – Representante do Movimento "Por amor a Mukumby"; Melina – advogada e a diretora do NUMAPE - UEL, Claudete Canezin.  

Dentre as reivindicações, estiveram: mais humanismo na relação médico-paciente, evitando a violência obstétrica; a continuidade do Projeto Caminhos; o funcionamento 24 horas da Delegacia da Mulher; dificuldades das mulheres em relação aos exames realizados pelo Instituto Médico Legal (morosidade, exposição ao próprio agressor, falta de condições); Polícia Militar especializada para atender a mulher vítima de violência; Vara específica para atender somente casos ligados a violência contra a mulher; atenção aos direitos das mulheres com deficiência auditiva, visual, intelectual; peritos em loco, na maternidade, para atender mulheres vítimas de violência; ações contra o feminicídio, racismo institucional e preconceito racial; e necessidade de criar e manter núcleos específicos Maria da Penha .

As autoridades da mesa, coordenada pela desembargadora Denise Krüger Pereira, deram resposta imediata às reivindicações, propondo soluções a curto e médio prazo. Algumas solicitações, já foram atendidas e outras, dependem de necessidades maiores, como orçamento, concurso público entre outras. Autoridades presentes apoiam as solicitações pertinentes e estão lutando para atendê-las o mais breve possível.

Segundo a coordenadora da Cevid, desembargadora Denise, o sucesso de programas que lutam pelos direitos da mulher e que evitam a reincidência do agressor, depende de pessoas comprometidas. "Pessoas competentes e pessoas inteligentes, temos muitas, em diversas áreas, nos diversos poderes, mas precisamos de pessoas comprometidas com o que fazem, onde atuam", enfatizou reconhecendo o comprometimento de cada um dos participantes nesta mobilização. Ao final da audiência, a desembargadora apresentou, ainda, um relato dos diversos projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional.

Participaram da mesa da audiência, além da coordenadora da Cevid, desembargadora Denise Krüger Pereira; a juíza do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Curitiba, Luciane Bortoleto; a diretora-adjunta do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, gestora estadual do Pacto Nacional pelo enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Regina Bley; a secretária municipal de Políticas para as Mulheres de Londrina, Sônia Medeiros; a juíza do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e Vara de Crimes contra a Criança, Adolescente e Idoso de Londrina, Zilda Romero e a diretora do Núcleo Maria da Penha da Universidade Estadual de Londrina NUMAPE – UEL, Claudete Canezin.