CEDOC - Museu da Justiça

Colaboração, Pesquisa e Edição de Texto: Ricardo Joaquim Marques.

Des. Emygdio Westphalen

Des. Emygdio Westphalen

 

Emygdio Westphalen, filho de Eugênio Westphalen e de Dona Joanna Francisca Westphalen, nasceu na cidade da Lapa (PR) em 11 de janeiro de 1847. Casou-se com a Sra. Januaria Carvalho de Oliveira.

Em 1867, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de São Paulo. Seu primeiro cargo público foi o de promotor público em Paraíba do Sul (RJ). De volta à cidade natal, exerceu cargos de promotor e vereador.

Teve importante papel no Judiciário Paranaense, tendo sido juiz municipal de Curitiba, juiz de direito da comarca da Lapa e um dos primeiros desembargadores do Tribunal de Apelação, para o qual foi nomeado em 1º de agosto de 1891. Foi, ainda, deputado provincial e chefe de polícia. No final da carreira, exerceu o cargo de procurador-geral da Justiça de 14 de abril de 1908 até sua aposentadoria em 10 de novembro de 1911.

Colaborou com a imprensa da época, com ênfase à defesa da implantação de um governo democrático no país. Colaborou com os jornais "Opinião Liberal", "Commércio do Paraná", "Livre Paraná", "A Reforma" e "Província do Paraná".

Participou da Revolução Federalista entre a década de 1880 e 1892. Em 1884 integrou o governo revolucionário de Nossa Senhora do Desterro, atual cidade de Florianópolis (SC). Este envolvimento acabou gerando imbróglios políticos à época em que sustentou uma decisão de um juiz de primeiro grau, alheio aos interesses republicanos de Vicente Machado, o qual iniciou certa perseguição a Westphalen, alegando que suas convicções liberalistas iam contra a Monarquia e a República , que tantas vezes o haviam designado para importantes cargos. Exilou-se na Argentina e voltou ao Brasil devido à anistia assinada pelo Presidente Prudente de Morais.

Em 1911 participou de uma comissão de socorro às vítimas das inundações pelo estado. Ao lado de autoridades como Monsenhor Celso, Affonso Camargo, Victor Ferreira do Amaral e David Carneiro atuou na distribuição de donativos às famílias.

Aposentou-se no dia 17 de fevereiro de 1912, através do Decreto n. 93.

Faleceu em Curitiba, em 17 de março de 1923. 

É patrono do Fórum de Rebouças.