A ginástica laboral é necessária para quem já treina fora do expediente de trabalho?

 

Estamos de volta com a segunda parte do texto sobre motivos para realizar a ginástica laboral mesmo treinando fora do expediente.

 

Iniciaremos já com uma pergunta: SERÁ QUE TODOS OS DIAS APÓS O TREINO VOCÊ ALONGA?

As pessoas que fazem musculação ou outras atividades e não se alongam acabam ficando rígidas, contraídas. É o que os norte-americanos conhecem como "muscle-bound", ou algo como "músculo preso", no português. Isso acontece porque treinos com sobrecarga fazem com que os músculos fiquem tensionados, encurtados. Você nem precisa malhar muito pesado para sentir os efeitos desse encurtamento dos músculos.

A prática de musculação gera microfissuras nos músculos. Durante o período de 24 a 73 horas o seu corpo vai trabalhar para reparar aquelas microfissuras decorrentes do treino, e o resultado disso são músculos maiores, mais fortes e mais encurtados (contraídos). Incorporar o alongamento à rotina de treinamentos vai ajudar a evitar esse encurtamento muscular e melhorar a sua flexibilidade e sua força, pois um músculo forte é aquele que é treinado e alongado. O músculo que é apenas encurtado traz consigo futuras lesões, estiramentos e menos capacidade de amplitude articular.

As razões pelas quais você deveria alongar antes do treino são: aquecimento articular, aquecimento corporal, início de vasodilatação.

Já, para alongar no pós-treino: menor índice de lesões, maior relaxamento pós treino, redução de tensão muscular, maior absorção de ácido lático.

Ainda, alongar durante o expediente de trabalho: aquecimento articular, aquecimento corporal, maior circulação sanguínea, redução de tensão muscular, maior relaxamento e alívio na sensação de dor muscular.

Outros benefícios da adoção da ginástica laboral dentro do ambiente organizacional são evidentes como, por exemplo:

• Melhoria na interação entre os colaboradores;

• Maior produtividade e assertividade nos processos internos;

• Diminuição dos problemas relacionados a tensões musculares; e

• Diminuição dos índices de absenteísmo originados de afastamentos por lesões ou acidentes de trabalho.

Por fim, por se tratar de um longo período, durante o expediente de trabalho o corpo cansa e não adere a postura correta o dia todo. Com isso a postura tende a ficar errada e gerar tensões excessivas ou exigir compensações do corpo.

Por exemplo, falar com o telefone apoiado no ombro é uma cena rotineira em vários locais. São diferentes funções, mas as mesmas necessidades: falar ao telefone e, ao mesmo tempo, usar o computador. O resultado não poderia ser outro: horas durante o dia com a coluna completamente desalinhada, acumulando tensão nas regiões da cervical, punhos, cotovelos.

A ginástica laboral tem atividades pensadas nesse tipo de situação e em muitas outras, visando a equilibrar esse quadro. Portanto, para relaxar um pouco os funcionários, aliviar o estresse e principalmente prevenir as LER e DORT, a ginástica laboral deve ser realizada cinco vezes por semana, por um período de até 15 minutos.

Segundo os médicos, quanto mais repetitivo for o trabalho, maior é a necessidade de fazer pequenas pausas durante o expediente.

Algumas dicas que podem ajudar a prevenir problemas relacionados com a postura são:

– Mantenha os ombros relaxados, os punhos retos, a coluna encaixada e apoiada no encosto da cadeira;

– Deixe os pés totalmente apoiados no chão ou no apoio de pé; e

- Por último, mas não menos importante – FAÇA A GINÁSTICA LABORAL TODOS OS DIAS, MESMO SE JÁ TREINA FORA DO EXPEDIENTE!

Esperamos que essa dúvida tenha sido esclarecida e que o fato de já treinar não seja utilizado como desculpa para não fazer a ginástica laboral.

Em breve, traremos novas informações sobre atitudes para uma maior qualidade de vida no ambiente de trabalho.