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Desembargador Robson Marques Cury


DESEMBARGADOR ROBSON MARQUES CURY

Pela Assessoria do desembargador

Robson Marques Cury, filho de Aniss Cury e Theodolinda Marques Cury, nasceu no dia 23 de agosto de 1948, em Tibagi (PR). Formou-se bacharel pela Faculdade de Direito de Curitiba, turma de 1972. 

Aprovado em concurso público para juiz adjunto, exerceu suas funções na comarca de União da Vitória a partir de 1º de setembro de 1977. Após novo concurso, no dia 22 de novembro de 1978, foi nomeado juiz de direito da comarca de Dois Vizinhos, judiciando, ainda, nas comarcas de Cerro Azul, Toledo, Cascavel e Curitiba. Na sequência foi promovido a Juiz Substituto em Segundo Grau. 

Naquela época, a servidora Cinara Cristina Bassetti Habith Lopes foi designada para integrar a sua equipe, acompanhando-lhe desde então de forma contínua e ininterrupta, como ela mesma destaca em suas lembranças: 

“São mais de 20 anos de muita admiração, lealdade, aprendizado, respeito e uma gratidão que não posso mensurar. Desembargador Marques Cury foi mais que um chefe, foi um ouvinte para problemas pessoais, foi a pessoa que dava os conselhos mais sensatos e, também, foi um pai para mim.” 

Logo em seguida, foi a vez da servidora Claudete Pellizzaro de Albuquerque ser convidada para integrar a equipe, na oportunidade, ainda como estagiária de Direito. Inobstante interstício de tempo exercendo suas funções em outros gabinetes, retornou ao seu convívio no ano de 2018: 

“Por meio de minha grande amiga Cinara, consegui um estágio voluntário para ajudá-lo. Mas, na verdade, essa oportunidade não me trouxe apenas a vivência do Direito, mas também um chefe admirável, a quem eu atribuo uma amizade infindável. Lembro com muito carinho e admiração sua forma de trabalho, em uma época em que os autos eram físicos, com despachos e minutas escritos de próprio punho.” 

Em 14 de abril de 2000, Robson Cury foi nomeado juiz do Tribunal de Alçada e, no dia 31 de dezembro de 2004, foi promovido ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR). 

Naquela época, outro servidor que também iniciou as atividades profissionais em seu gabinete e, após algum tempo laborando com outros desembargadores, retornou para sua assessoria foi Marcos Rafael Jardim, que assim descreve seus primeiros passos: 

“Meu primeiro trabalho (voluntário) no TJPR, logo após formado, foi, para minha sorte e honra, junto ao gabinete do desembargador Robson Marques Cury, no período compreendido entre janeiro de 2005 até setembro de 2005. 

Naquela época, levava os processos para casa e, dias depois, os restituía ao gabinete juntamente com a minuta de voto salva num pen drive. E sempre que precisava, recorria ao desembargador Marques Cury para sanar minhas dúvidas, o que ele fazia de forma esmiuçada e esclarecedora, de igual para igual, sempre com um sorriso no rosto e demonstrando vasto conhecimento na matéria, o que fez nascer em mim uma grande admiração por ele”. 

Eleito, assumiu o cargo de corregedor do TJPR no dia 02 de fevereiro de 2015 para o biênio 2015/2016. Acompanhando-o em suas diversas viagens correcionais pelo Estado, o funcionário Marcelo de Oliveira Siqueira relembra: 

“As viagens eram verdadeiras lições, não só de direito, mas, sim, de vida. Era sobre saber observar a paisagem, a vegetação, os rios, e não simplesmente se deslocar do ponto “a” ao ponto “b”; era sobre caminhar cedinho na Comarca que seria correicionada, conhecendo suas particularidades, que só poderiam ser observadas dessa forma; era sobre ter o mesmo olhar humano e respeitoso tanto com o MM. Juiz da Comarca quanto com o estagiário inexperiente que cursava o primeiro período de direito e que nunca tinha conversado com um desembargador antes”. 

Exerceu, ainda, diversas funções administrativas junto ao TJPR, tais como, recentemente, a Presidência da Comissão de Especialização de Câmaras no biênio 2021/2022 – responsável pela reestruturação de competências diante da instalação das duas novas câmaras cíveis – e a Presidência da Comissão de Preservação da Memória do TJPR. 

Por antiguidade, passou a ter assento permanente na composição do colendo Órgão Especial, onde se desincumbiu de seu múnus com extrema galhardia e singularidade. O Consultor Jurídico João Paulo Schetino de Almeida, que o assessorou desde 2017, aduz: 

“Sua atuação no Órgão Especial, como membro permanente pela antiguidade na Corte, foi talhada de maneira indelével ao longo dos anos. Nos debates do Colegiado, suas considerações, pautadas na boa técnica e no viés humano da justiça, foram sempre recebidas com atenção e deferência pelos pares. Para além da total devoção à toga e preocupação natural com as causas que lhes eram colocadas a julgamento, o desembargador Marques Cury não deixava de demonstrar sua sensibilidade com a história do Poder Judiciário, de modo que, frequentemente, se valia da palavra para rememorar e registrar os bons predicados de colegas da magistratura, servidoras e servidores e colaboradores do TJPR”. 

Bacharel em Ciências Econômicas pela Fundação de Estudos Sociais do Paraná, Robson Cury lecionou não apenas na Faculdade de Administração de União da Vitória, na Unioeste e na Escola da Magistratura do Paraná, mas em especial para todos que têm o privilégio de estar ao seu lado. 

Como bem relata a assessora Juliana Letícia Locatelli Muller Pinheiro: 

“Lembro do dia em que se sentou ao meu lado para explicar as tarefas a serem desempenhadas, lembro também das muitas conversas sobre motocicletas, suas viagens, dos benefícios dos alimentos, tanto conhecimento adquirido ao longo de seus anos de vida que foram compartilhados conosco”. 

O mesmo sentimento é compartilhado por assessores: 

Para Rafael Curi Godoy: “Homem distinto, magistrado exemplar, fonte de conhecimento para aprendizes e profissionais que hoje promovem suas lições. Mestre das palavras em suas decisões, me inspirou com sua redação deslumbrante, que conjuga a extraordinária habilidade de síntese com bom senso e notável conhecimento jurídico. Sem dúvida, o marco fundamental da minha carreira, ao qual sou profundamente grato, com a mais ampla admiração”. 

E para o Roberto Rocha Gomes Filho “Carregando consigo o dom do ensinamento, forjou em cada um de nós não apenas o conhecimento jurídico necessário para nos desincumbirmos de nossas tarefas profissionais cotidianas e alçarmos voos maiores, mas principalmente a retidão de um ser humano justo, bondoso, humilde e espiritualmente elevado”. 

Tendo como hobbies principais o motociclismo, o tênis, a vela e o surfe, uma das características marcantes de sua personalidade é a preocupação com a saúde e o bem-estar, não apenas próprios, mas em especial daqueles que estão ao seu redor. 

Nas palavras da assessora Ana Cristina Souza Bertoli: 

“Nunca vou me esquecer do ressoar dos seus passos pelo gabinete, perguntando se estava tudo bem a cada assessor, oferecendo passas, castanhas, damascos (somente o turco, o outro não é bom), tâmaras, afinal, faz bem para o cérebro, usamos ele demais nesses processos”. 

Da mesma forma a assessora Louise Andrusko dos Santos descreve: “Adepto a um estilo de vida natural, detentor de um coração imenso, conhecedor de profunda espiritualidade e praticante de inúmeros mantras, só posso dizer, sem sombra de dúvidas, que aprendi muito, tanto profissional, como pessoalmente, ao longo desses anos em que estive trabalhando ao seu lado”. 

Para o assessor Matheus Santos Camargo: “O desembargador tratava a assessoria como extensão de sua família, buscando saber como todos estavam oferecendo frutas secas e chás. Há que se mencionar também os mantras que tocavam, na intenção de vibrar positivamente o ambiente e de melhorar a concentração de todos”. 

Exímio escritor e autor de obras memoráveis, como “Cotidiano Forense” e “Espírito de Aventura” (esta, aliás, que relata sua incrível volta ao mundo em uma motocicleta Honda Falcon 400), ao longo dos últimos anos, o des. Robson Cury também dedicou parte de sua vida para eternizar a memória do Poder Judiciário em sua coletânea “A História do Poder Judiciário Paranaense”, volumes 1 e 2, cuja contribuição certamente enriquecerá o conhecimento das futuras gerações forenses.