Notícias

Projeto Descomplica atende adolescentes em conflitos com a lei em Londrina


PROJETO DESCOMPLICA ATENDE ADOLESCENTES EM CONFLITOS COM A LEI EM LONDRINA

Iniciativa já atendeu 27 adolescentes com aplicação da Justiça Restaurativa 

A Central de Medidas Socialmente Úteis (Cemsu) de Londrina, em parceria com a Vara de Adolescentes e o Centro de Socioeducação Londrina II (Cense), realizou o projeto "Descomplica", que promove o desenvolvimento de habilidades sociais e de resolução de conflitos com jovens em problemas com a lei na região.  

A iniciativa já atendeu 27 adolescentes e consiste em quatro encontros que proporcionam aprendizado significativo, com o objetivo de estimular a responsabilização e a reflexão crítica sobre os atos infracionais cometidos pelos adolescentes. Durante esses encontros, um ambiente seguro é criado para que os jovens possam expressar seus sentimentos, necessidades e histórias, além de receberem educação abrangente sobre cuidados com a saúde física, mental e social.  

Com base nos princípios da Justiça Restaurativa e da psicoeducação, o projeto também enfatiza a importância do fortalecimento das redes de apoio. A postura adotada é socioeducativa e visa à reintegração plena desses jovens na sociedade, oferecendo oportunidades para que construam um futuro promissor.  

O programa é realizado com adolescentes que cumprem medida socioeducativa ou protetiva em regime aberto e também com aqueles que cumprem medida de internação, supervisionado pela juíza de direito Claudia Catafesta e coordenado pelas psicólogas estagiárias de pós-graduação Amanda Carolina Rocha, Isabela Cazé de Souza e Sabine De Cnop G. Lopes Poleza. A psicóloga especialista em neurociência Ana Júlia Ribeiro também participa do projeto prestando auxílio. 

Sobre a Cemsu 

A Cemsu é uma iniciativa do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR). A central é responsável pela gestão da política de alternativas penais do Judiciário sob o enfoque das práticas restaurativas e do acompanhamento em rede. O objetivo do trabalho desse órgão é resgatar o caráter terapêutico e restaurativo das penas e medidas alternativas, oferecendo melhores perspectivas de reintegração social, responsabilizar os autores de fatos criminosos e reduzir as taxas de reincidência.  

O sistema utiliza a metodologia de círculos restaurativos para aplicar medidas socialmente úteis com efeito pedagógico sobre o infrator, trazendo benefícios diretos para a comunidade. Esse método substitui, por exemplo, a aplicação da pena de multa, que não traz grande impacto na consciência do indivíduo a respeito do delito cometido.