O Órgão Especial Administrativo, em sessão no Tribunal do Pleno, nesta segunda-feira (11/12) e a 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), na quinta-feira (07/12), realizaram homenagens pela aposentadoria do desembargador Arquelau Araújo Ribas, com a presença de diversas autoridades. “Homem de um excelente humor, lhano no trato, contador de boas histórias, o desembargador sempre cativou as pessoas com quem conviveu. Seus assessores sempre destacaram que se sentiam como membros da sua família, foi uma vida devotada ao Judiciário. Por onde o desembargador passou, semeou boas sementes”, afirmou o presidente do TJPR, desembargador Luiz Fernando Tomasi Keppen.

Durante a sessão na 9ª Câmara Cível, diversas autoridades relembraram marcos da trajetória do desembargador como membro do Judiciário paranaense. "É o dever do reconhecimento profissional, um magistrado de escol que tanto orgulha o Judiciário brasileiro. Foi a vida toda um combatente do bom combate, atuando com o propósito de atuar para oferecer o melhor para a sociedade brasileira que vive nas terras das araucárias. Arquelau é exemplo do homem que se orgulha de contar a sua história, repleta de realizações”, frisou o procurador-geral de Justiça do Paraná, Gilberto Giacoia.

A advogada Rogéria Fagundes Dotti, que representou os advogados e advogadas paranaenses na sessão, citou o poeta gaúcho Mario Quintana para ressaltar a trajetória do desembargador na magistratura paranaense. “Eu me sinto muito honrada e alegre por essa homenagem, que é extremamente sincera. O desembargador é conhecido pela humildade como magistrado e ser humano”, disse a advogada, que narrou o caso de uma jurisdicionada de Francisco Beltrão (PR) que chegou a ajoelhar para agradecer uma decisão do desembargador em um processo que se prolongava muito.  

O desembargador Luis Sérgio Swiech discursou como representante da 9ª Câmara Cível durante a homenagem. “Em nome deste colegiado, vou saudar o desembargador na sua derradeira participação como integrante dessa Câmara Cível. É uma oportunidade de externar nosso reconhecimento e agradecimento por sua brilhante trajetória profissional ao longo de todos esses anos de judicatura. Exerceu todos os cargos por onde passou com extraordinária competência, humildade, urbanidade, cultura, comportamento ético irrepreensível, sendo merecedor do reconhecimento público de todos os colegas magistrados e magistradas, servidores e servidoras, representantes do Ministério Público, advogados e advogadas, da comunidade jurídica do Paraná e dos jurisdicionados a quem nunca descurou de dar a cada um o que lhe pertencesse”, ressaltou Swiech.  

Biografia do desembargador Arquelau Araújo Ribas

O desembargador Arquelau Araújo Ribas nasceu no dia 26 de dezembro de 1948, filho de Agur Rodrigues Ribas e de Ayir Araújo Ribas, na cidade de Bagé, no Rio Grande do Sul. Formou-se na Universidade Católica do Paraná, na turma de 1974, e ingressou na magistratura do Paraná após ser aprovado em concurso de provas e título para o cargo de juiz adjunto em 11 de janeiro de 1978. Foi nomeado como juiz em Telêmaco Borba e, após aprovação em novo concurso, em 9 de agosto de 1978, assumiu a Comarca de Realeza, já como juiz de Direito, depois foi para as comarcas de Malé, Engenheiro Beltrão, Cascavel, União da Vitória, Bandeirantes e Londrina.  

Em 12 de abril de 2002, Ribas foi nomeado juiz do Tribunal de Alçada do Paraná e, em 31 de dezembro de 2004, foi promovido ao cargo de desembargador do TJPR. Integrou o Conselho da Magistratura como membro titular no biênio 2009/2010, foi eleito ouvidor-geral do Tribunal em 25 de maio de 2015 e exerceu o cargo no biênio 2015/2016. Em 1º de fevereiro de 2017, Arquelau Ribas assumiu o cargo de 1º vice-presidente do TJPR. Na sua carreira como desembargador, integrou a 3ª Câmara Criminal, a 10ª Câmara Cível e, desde fevereiro de 2019, está na 9ª Câmara Cível. “O desembargador Arquelau deixa o Tribunal com a consciência do dever cumprido e com a paz de quem deu o melhor de si para a magistratura, e eu sou uma testemunha disso, e espero que, nessa nova etapa de sua vida que vai se iniciar, no final deste ano, vossa excelência seja muito feliz”, afirmou Hamilton Mussi Correa, corregedor-geral da Justiça.