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Desembargador Celso Seikiti Saito

Legenda

DESEMBARGADOR CELSO SEIKITI SAITO

Por desembargador Robson Marques Cury

Celso Seikiti Saito, filho de Kinsaku Saito e de Matsue Saito, nasceu no dia 20 de julho de 1942, na cidade de Cambará (PR). Bacharel em direito pela Universidade Estadual de Londrina, turma 1972. 

Exerceu a advocacia até ser aprovado em concurso para juiz adjunto e ser nomeado, em 1º de setembro de 1977 para a comarca de Cornélio Procópio. Após novo concurso, como juiz de direito foi nomeado em 9 de agosto de 1978 para a comarca de Congonhinhas. Judicou nas comarcas de Assaí, Cambé e Londrina. 

Em 11 de março de 2005, foi promovido pelo critério de antiguidade da comarca de Londrina ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça. 

Aposentou-se no dia 20 de julho de 2012. 

Faleceu no dia 31 de janeiro de 2022, aos 79 anos de idade, vítima da terrível pandemia que assola a humanidade. 

Concorremos na mesmo concurso de ingresso para a magistratura. Gestão do desembargador Ariel Ferreira do Amaral e Silva então Presidente do Tribunal de Justiça. Então, somos colegas de concurso. Cabe salientar que expressivo número de juízes adjuntos que tomaram posse no ano de l977 alcançaram o ápice da carreira como desembargadores. 

 

Celso Seikiti Saito foi o primeiro juiz de direito do interior a ser promovido por antiguidade para desembargador do Tribunal de Justiça sem ter passado pelo Tribunal de Alçada. 

Trabalhador e estudioso incansável, deixou indelével marca como exemplo de magistrado vocacionado e dedicado à distribuição de justiça. 

Após efetivo exercício durante mais de trinta e três anos na carreira da magistratura, aposentou-se compulsoriamente aos setenta anos de idade em razão da regra constitucional então vigente, todavia continuou a prestar relevantes serviços, atuando voluntariamente, no Cejusc de 2º. Grau do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. 

Também marcante foi sua atuação nesse mister, como mostra o “Causo do Inventário” por ele solucionado, que passo a reproduzir: 

“ Um dos herdeiros declarou de pronto: ‘Olha, conciliador, nem vou sentar nessa mesa de audiência, pois não quero perder o seu tempo, nem o meu. É impossível dialogar com minhas irmãs, especialmente a mais velha, que no auge do seu egoísmo, quer o imóvel que nós três herdamos só para si; ela mora lá há meses e não tem sequer a hombridade de pagar os condomínios em dia.’ 

Ao estudar o caso, o conciliador Celso Saito constatou que nesse inventário de um imóvel, cujos herdeiros eram três irmãos, o irmão não falava com as duas irmãs. O imóvel objeto do inventário estava sendo ocupado por uma das irmãs, e os outros dois gostariam de receber, ao menos, o aluguel referente à parte deles. 

Logo no começo da audiência, o conciliador percebeu que seria uma sessão trabalhosa. As irmãs já chegaram com cara de choro e o irmão declarou desde o início que aquela sessão seria inútil. 

Diante desse contratempo inicial, o conciliador apostou na sessão de abertura, que funcionou como uma pré-mediação naquele caso. Explicou-lhes o papel da audiência de conciliação, a importância do diálogo e os benefícios do acordo. Ainda, lançou mão de uma técnica distinta: ao invés de fazer o resumo das narrativas focalizando nos interesses em comum, focou nos ”desinteresses” em comum, mostrando-lhes a proporção em que o litígio estava afligindo a cada um deles e à convivência familiar. 

Foram necessárias três redesignações de audiência para enfrentar as dificuldades daquela situação. A primeira grande dificuldade, amenizada na primeira sessão, eram as questões subjetivas da causa, a relação familiar conturbada. Todavia, o caso objetivo tinha dificuldades próprias, a começar pelo fato de que o imóvel objeto do litígio, pelas suas características, não permitia divisão nem desmembramento e a irmã que nele residia não queria vende-lo para terceiros. 

Após várias discussões e debates, inclusive consulta por telefone às imobiliárias, as partes celebraram acordo de modo que o irmão compraria o quinhão hereditário das irmãs e elas acordariam um valor de aluguel entre si. A audiência teve final feliz: o acordo saiu e a relação familiar foi restabelecida”.  (Livro História do Cejusc de 2º. Grau do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Gestão 2ª. vice-presidente desembargadora Lídia Maejima). 

A triste notícia do seu falecimento consternou os membros da Corte, conforme mensagens no grupo de WhatsApp a seguir reproduzidas, mostrando o quanto era benquisto, e que nunca será esquecido. 

 

“Nosso querido e honrado colega Celso Saito faleceu. Deus o receba em sua glória! Uma excelente pessoa, além do mais”. (desembargadora Sonia Regina de Castro) 

“Minhas sinceras condolências à família do colega Celso Saito, na certeza de que Deus o recebeu de braços abertos”. (desembargadora Maria José de Toledo Marcondes Teixeira) 

“Oh meu Deus! Descanse em paz, amigo”. (desembargadora Maria Mercis Gomes Aniceto) 

“Sim. Ótimo juiz e pessoa. Era lavrador e se tornou juiz com grandes dificuldades. Exemplo de pessoa. Trabalhamos em Londrina”. (desembargador Arquelau Araujo Ribas) 

“Que triste. Pessoa realmente especial”. (desembargadora Ivanise Maria Tratz Martins) 

“Meu vizinho de Vara em Londrina...humildade e sabedoria...são as duas palavras com as quais posso, nesse momento triste, lembrar dele”. (desembargador Fernando Prazeres) 

“Pessoa extraordinária! Que o bom Deus o receba em sua morada e conforte os amigos e familiares”. (desembargador Espedito Reis do Amaral) 

“Que triste notícia...era exemplo de magistrado honrado, culto e trabalhador...que Deus o tenha...”. (desembargadora Lidia Matiko Maejima) 

“Excelente magistrado. Competente. Humano. Que Deus o receba em sua morada e conforte os familiares”. (desembargador Guilherme Luiz Gomes) 

“Nossos sentimentos à Família do desembargador Celso. S. Saito. Grande perda da magistratura, sem qualquer dúvida. Que Deus o receba para descanso eterno”. (desembargador Shiroshi Yendo) 

“Meus sentimentos à família e amigos próximos. Que Deus o receba bem”. (desembargador Rogério Ribas) 

“Sentimentos à família do estimado colega Celso Saito”. (desembargador Renato Braga Bettega) 

“Muito triste! Também convivi com ele e dele guardo boas lembranças. Meus sentimentos e solidariedade à família”. (desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima) 

“Nossas condolências à família. Foi um grande e honrado juiz”. (desembargador Gamaliel Seme Scaff) 

“Meus sinceros sentimentos à família (desembargador Marcelo Gobo Dalla Dea) 

“Que triste notícia, convivemos em Londrina. Pessoa queridíssima. Deus o receba com suas bênçãos no céu”. (desembargador Fabio Haick Dalla Vechia) 

“Lamentável o falecimento do Celso. Expresso os pêsames da família Keppen por este triste acontecimento. Que Deus bem o receba na casa celestial”. (desembargador Luiz Fernando Tomasi Keppen) 

“Nossos sentimentos para a família!”. (desembargador Luiz Oyama) 

“Tristeza”. (desembargador Paulo Roberto Vasconcelos) 

“Meus sentimentos à família do Celso Saito”. (desembargador Fernando Moraes) 

“Grande pessoa, colega e amigo. Triste notícia. Nossos sentimentos e solidariedade à família”. (desembargador Fernando Wolff Bodziak) 

“Sentimento de pesar aos familiares”. (desembargador Jucimar Novochadlo) 

“Que Deus receba a alma do nosso estimado colega Celso Saito em sua infinita misericórdia e leve conforto aos familiares e amigos. Descanse em paz Celso!”. (desembargador João Antonio Demarchi) 

“Minhas sinceras condolências para a família. Se o cerimonial puder repassar, agradeço”. (desembargador Luiz Osório Moraes Panza) 

“Deus o receba”. (desembargadora Joeci Machado Camargo) 

“Tristeza imensa pela lamentável perda de um amigo muito querido por todos. Celso foi um juiz e cidadão exemplar. Londrina chora e o Tribunal está de luto”. (desembargador Hayton Lee Swain) 

“Meus sinceros sentimentos de pesar aos familiares pelo falecimento do estimado desembargador Celso Saito”. (desembargador Jair Mainardi) 

“Lamentável a morte do amigo e magistrado Celso Saito. Batalhou para se tornar um exemplo de vida. Foi um vencedor. Sentimentos de pesar para a família”. (desembargador Nilson Mizuta) 

“Faço minhas as palavras do Hayton. De fato, perdemos um grande colega. Meus sentimentos à família” (desembargador Gilberto Ferreira) 

“Nossos sentimentos! Um doce de pessoa. Deus console os familiares (desembargador José Camacho Santos) 

“Meus sentimentos à família do Celso, pessoa boníssima...”. (desembargador Renato Naves Barcellos)’. 

“Meus sentimentos aos familiares”. (desembargadora Ana Lúcia Lourenço) 

“Perda enorme para a magistratura e todos nós que e tivemos o privilégio da amizade e mirar seu exemplo de vida. desembargador. Celso, Deus o acolha e conforte seus familiares”. (desembargador José Augusto Gomes Aniceto)  

“Uma pena mesmo. Grande colega”. (desembargador Wellington Emanuel Coimbra de Moura) 

“Alio-me aos que homenageiam o nosso estimado Celso Saito, neste dia triste de sua partida. Humilde, amigo, magistrado competente. Quem conviveu com ele sabe o tamanho de sua perda. Perdi um verdadeiro irmão de caminhada. Que Deus o tenha em merecido descanso e conforte a Anita e demais familiares (desembargador Luiz Sérgio Swiech) 

“Lamentável perda do colega. Sentimentos à família.” (desembargadora Regina Helena Afonso Portes) 

“Nossos sentimentos à família”. (Desembargador Luiz Carlos Xavier) 

 

E em um grupo de WhatsApp dos colegas jubilados, foram postadas as seguintes mensagens: 

 

“Que Deus acolha sua alma e conforte sua família”. (desembargador Celso Rotoli de Macedo) 

“Celso Seiki Saito foi o primeiro Juiz que veio direto ao TJPR como desembargador sem ter passado pelo então extinto Tribunal de Alçada”. (desembargador Guido Dobeli) 

“Que pena. Era uma pessoa que sempre revelou bondade. Meus sentimentos aos familiares”. (desembargador Walter Borges Carneiro) 

“Sinceros sentimentos à família”. (desembargador Fernando Vidal Pereira de Oliveira) 

“Minha total solidariedade à família. Celso Saito foi uma pessoa admirável e querido por todos. Deus conforte a família”. (desembargador Antonio da Cunha Ribas) 

“Condolências à família do colega Celso. Deve o representante do grupo encaminhar as mensagens à família enlutada”. (desembargador Paulo Habith) 

“Celso um grande amigo e colega. Tristeza seu falecimento. Judicamos muito tempo em Londrina. Meus sentimentos a sua esposa Anita e as filhas Tatiana e Daniela. Que Deus o tenha”. (desembargador Dimas Ortêncio de Melo) 

“O Celso era um bom sujeito, que Deus o receba com misericórdia e conforte a família!”. (juiz de direito Leomir Binhara de Melo) 

“Notícia muito triste. Celso era gente fina, vai deixar saudades. Que o bom Deus acolha sua alma e conforte seus familiares e amigos (juiz de direito João Maria de Jesus Campos Araujo) 

“Pesar”. (juiz de direito Anderson Fogaça) 

“Minhas condolências à família enlutada com preces”. (juiz de direito Izaias Rogerio Lorenzoni) 

 

Eu também postei nos dois grupos: “Senti muito a partida do querido colega da turma de concurso Celso Seikiti Saito”. 

Todos os órgãos colegiados da Corte enviaram pêsames à família, inclusive a 6ª. câmara cível por mim presidida.                              

A missa de 7º. dia foi realizada em data de 06/02/2022 às 9 h na Igreja da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora de Londrina, com transmissão pelo canal YouTube. 

 

Por desembargador Robson Marques Cury