TJPR

Domingos José Perfetto, filho de Domingos Perfetto e de Alba Sperandio Perfetto, nasceu no dia 7 de fevereiro de 1954, em Londrina (PR). Bacharel em Direito pela Universidade Estadual de Londrina, turma de 1977. 
 
Atuou como advogado da área cível. Exerceu vários cargos na Associação dos Advogados de Londrina (AAL) e foi vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de Londrina, na gestão 1985/86. 

Em 25 de agosto de 2009, através da vaga do quinto constitucional destinada à OAB, foi nomeado pelo Governador Roberto Requião de Melo e Silva como desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. 

Domingos José Perfetto também é pós-graduado em Direito das Relações Sociais pela Universidade Estadual de Londrina. 

Londrinense da gema. Legítimo pé vermelho. Advogado bem-sucedido no início da carreira. Engrandece como magistrado o Poder Judiciário do Paraná. Como professor, sabe transmitir o conhecimento com criatividade conjugada e com capacidade de pensamento. 

Atencioso e expansivo. Amigo de todos. Dotado naturalmente de brilhante inteligência e carisma cativante. 

Seu filho, Domingos José Perfetto Júnior, jovem advogado, segue seus passos mostrando educação e competência nas sustentações orais efetuadas nos julgamentos de recursos cíveis perante os órgãos fracionários do Tribunal de Justiça, como pude acompanhar, “verbi gratia”, na 6ª Câmara Cível. 

Em 14/04/2014, o programa radiofônico da Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar) recebeu o desembargador Domingos José Perfetto, para falar sobre erro médico. O entrevistado abordou as diferenças entre as modalidades de culpa: imprudência, imperícia e negligência. Também explanou sobre os tipos de indenizações possíveis nos casos de erro médico e falou ainda sobre reponsabilidade solidária.  

Proferiu palestra em 07/07/2015 no 75º Curso Regional de Atualização para Magistrados, realizado pela Escola da Magistratura e Amapar no auditório da OAB de Londrina, sobre os temas: Sentença, Decisão Colegiada e Coisa Julgada, no novo Código de Processo Civil, apresentado pela então Diretora Cultural, a desembargadora Ivanise Maria Tratz Martins. 

Participou, em 23/02/20218, do circuito “De frente com os Desembargadores do Tribunal de Justiça do Paraná”, promovido pela Comissão de Responsabilidade Civil da OAB-PR, abordando o tema “arbitramento do dano moral”. 

Tem participado como conferencista e palestrante em incontáveis eventos. 

Eu realizei teste de seleção de assessora para o meu gabinete, e a aprovada foi a bacharel Ana Cristina Souza Bertoli, egressa do gabinete do desembargador Domingos Perfetto. 

Anos depois, a meu pedido, Ana prestou um expressivo depoimento: 

“O ano foi 2015. Eu tinha 27 anos quando decidi largar a advocacia e voltar a estudar para alcançar o sonho do concurso público. Lembro exatamente do dia em que entreguei meu currículo no gabinete do desembargador Domingos José Perfetto, e no mesmo momento pediram para eu comparecer e fazer uma prova. Após algum tempo, fui chamada para a entrevista. Tremia, pois tudo aquilo era um salto no escuro para mim, e não sabia como devida me portar. 

Nos sentamos. Após algum tempo de conversa, o desembargador Domingos me perguntou: ‘Por que eu deveria te contratar?’ Eu apenas respondi: ‘Porque eu não vou decepcionar o senhor.’ 

Saí de lá sem muita esperança. Afinal, havia candidatos muito qualificados, e, também, eu não tinha qualquer experiência anterior perante o Tribunal de Justiça, nem mesmo no tempo da graduação. 

Mas naquela tarde recebi uma ligação. Era o desembargador Domingos: ‘Você pode vir aqui ao gabinete?’ 

Fui. E lá recebi a notícia de que havia sido aceita. 

Durante dois anos, tive o privilégio de estar estagiária de pós-graduação do desembargador Domingos. Não apenas fui acolhida por sua assessoria, como também tive a sorte de trabalhar com o exímio operador do Direito. 

Todas as correções eram feitas à mão, com sua caneta-tinteiro. Lia cada detalhe, cada vírgula. As propostas, como ele diz, devem ser percucientes, como se qualquer pessoa estranha ao processo conseguisse, através da simples leitura, entender todo o deslinde até a fase recursal. ‘Porque não basta dizer o quê, tem que dizer o porquê’, citação essa de Calmon de Passos, que é um processualista, lição essa que, entre as muitas que aprendi durante meu tempo de estágio, levarei para sempre comigo. 

Mas, ao mesmo tempo que ocupa esse lugar de desembargador do egrégio Tribunal de Justiça do Paraná, é, na verdade, uma pessoa de gostos simples, a qual adora conversar, mostrar o que é boa música popular brasileira, dividir os filmes que ama, sua admiração por Ennio Morricone e, claro, chamar sempre para tomar um bom café, de torra média, ao estilo cowboy (sem açúcar, sem adoçante). 

Eu sou eternamente grata por todo esse tempo, pois, não apenas me foi ensinado o que é de fato desenvolver um raciocínio jurídico, mas, antes de tudo, que é preciso humildade para ocupar este lugar de julgador e sempre tratar a todos com respeito. E sim, ainda sigo com a promessa de não lhe decepcionar, desembargador Domingos. Obrigada por tudo!” 
 
De fato, recebi uma pedra preciosa no início da lapidação, já com muito brilho, e quando fui jubilado, em agosto de 2023, sua luminosidade já ofuscava, graças ao apoio da equipe do chefe de gabinete Roberto Rocha Gomes Filho. 
 
Eu a estimulava nos anos que trabalhou no meu gabinete a estudar para o concurso da magistratura, e ela persiste à custa de ingentes sacrifícios, na árdua luta em busca desse sonho.            

Seguiu o seu caminho a assessora jurídica Ana Cristina e foi contratada pelo desembargador Domingos Thadeu Ribeiro da Fonseca para atuar no seu gabinete.