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Projeto da comarca de Fazenda Rio Grande leva o debate do racismo para as escolas

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PROJETO DA COMARCA DE FAZENDA RIO GRANDE LEVA O DEBATE DO RACISMO PARA AS ESCOLAS

A iniciativa do Foro Regional realiza ações práticas com alunos do 8º e 9º ano e permite que magistradas e magistrados deem sequência em outras unidades

No dia 20 de novembro, é comemorado, no Brasil, o dia da consciência negra. Embora distante da data de celebração, o Foro Regional de Fazenda Rio Grande do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) criou o projeto “Consciência Racial”, inspirado no evento em comemoração ao Dia da Consciência Negra de 2021, promovido pela Escola Judicial do Paraná (Ejud). 

O projeto teve sua primeira etapa concluída, na última sexta-feira (19/08), e reuniu alunos do 8º e 9º ano, da Escola Estadual Valdivino Parolin Acordes, no Fórum. Foram ministradas palestras, pela magistrada Louise Nascimento e Silva e pelas assessoras Mariana Rita de Cassia Beltrao, Janine Marchiori Calado Vidal e Giovanna Francesca Bordignon Piccinelli. As palestras tiveram como tema o racismo contra as pessoas negras, abordando tópicos como diversidade, raça, autoestima das pessoas negras, personalidades negras e cotas raciais. 

O projeto terá 3 etapas, e nos próximos encontros os alunos participarão de bate-papos e colocarão em prática encenações, músicas e palestras sobre o assunto, atualizando os alunos que não participaram da primeira reunião. 

“No último ano, como magistrada, recebi dois casos de indenização na Vara Cível com a pauta racial, o que até então nunca tinha recebido. Pelo relato dos alunos, é possível perceber que, infelizmente, ainda são comuns os casos de racismo, mas pode ser que a própria falta de consciência e reflexão dificulte que se leve ao conhecimento das autoridades”, afirma a juíza Louise Nascimento e Silva, idealizadora do projeto. O projeto visa, além de conscientizar sobre o racismo, imergir os alunos no Poder Judiciário, pois como a maioria dos alunos são negros, é importante valorizar sua presença nos espaços de Poder. 

O projeto permitirá uma expansão sobre o tema, “A ideia, ainda, é fornecer, ao final das três etapas, um roteiro que possa ficar disponível no site do TJPR, a fim de que outras magistradas e magistrados repliquem o projeto em suas unidades”, finaliza a juíza.