TJPR

Na última terça-feira, (17/06), a Coordenadoria de Governança, Riscos e Conformidade do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), em parceria com a Escola Judicial do Paraná (Ejud-PR), realizou uma live para tratar sobre a gestão de riscos. As palestras ministradas por integrantes da Coordenadoria do TJPR e especialista convidado destacaram a importância da gestão de riscos na tomada de decisão e apresentaram as atualizações da nova versão do manual de gestão de riscos do TJPR, aprovado em abril deste ano.  

A transmissão ao vivo foi mediada pelo coordenador de Governança, Riscos e Conformidade do TJPR, Thiago Martini Ribeiro Pinto, que classificou a nova versão do manual de gestão de riscos como um marco do amadurecimento do TJPR nesta temática. De acordo com a juíza auxiliar da presidência e presidente do Comitê de Gestão de Riscos, Cristiane Santos Leite, a gestão de riscos se apresenta como um pilar fundamental para as decisões estratégicas do Tribunal. “Para termos um tribunal forte e eficiente, é importantíssimo termos diretrizes claras e práticas para que possamos avaliar, analisar, mitigar os riscos e podemos, com isso, impactar nossos objetivos e a nossa missão institucional”, afirmou a magistrada.  

A atualização da Política de Gestão de Riscos, a atualização do Manual de Gestão de Riscos, e a implantação do software de gestão de riscos e auditoria interna são as principais novidades da gestão de riscos do TJPR. A atualização do manual reduz de quatro para três níveis de riscos; o cálculo do nível do risco também mudou e novas categorias de risco foram criadas. Outra novidade do manual são os capítulos dedicados à gestão de riscos de integridade e de contratações. Sobre a implantação do software de gestão de riscos e auditoria interna, ele substituirá gradativamente as planilhas de Excel utilizadas atualmente. De acordo com o assessor da Coordenação de Governança, Riscos e Conformidade do TJPR, Fábio de Araujo, o sistema, já disponível na intranet, facilitará aos gestores o monitoramento dos riscos.  “O software deve facilitar a extração de dados gerenciais para relatórios, gráficos e painéis de controle, acompanhamento e monitoramento dos riscos de forma automatizada e integrada, auxílio na tomada de decisão dos gestores com base no gerenciamento de riscos e a própria automatização do processo de gerenciamento de riscos como um todo”, salientou Araújo. 

Como especialista no tema, o TJPR convidou o representante brasileiro do Comitê da ISO 31000, Alberto Bastos - a ISO 31000 é a principal metodologia mundial de gestão de riscos. Bastos também coordena o Comitê Nacional de Gestão de Riscos da ABNT e atua como presidente e diretor de tecnologia na Modulo Security Solutions. Dentre outros temas relacionados, o especialista falou sobre o conceito da mentalidade baseada em riscos, introduzida pela ISO 31.000, que vê, além das ameaças e dos perigos, as oportunidades que a gestão dos riscos pode oferecer. “Estamos acostumamos a pensar em risco apenas como uma ameaça. Sendo a definição de risco o efeito da incerteza nos objetivos, temos que considerar que existe também o efeito positivo. Nas reuniões de planejamento estratégico, já existe uma preocupação de que não se levante apenas as ameaças, mas que também possamos identificar as oportunidades, pois as incertezas podem, de certa forma, vir a contribuir para o atingimento dos objetivos”.