Dia 30 – Dia Mundial do Transtorno Afetivo Bipolar


DIA 30 – DIA MUNDIAL DO TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR

Data conscientiza a promoção da empatia e o entendimento às pessoas com TAB

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 140 milhões de pessoas ao redor do mundo são acometidas com o Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), uma doença hereditária e causadora de alterações de humor – classificadas em diferentes estágios, como de depressão e euforia – e sentimentos mistos durante o dia a dia, sem causas ou motivos aparentes. Embora existam formas de tratar, e até mesmo aliviar os sintomas do transtorno, Knapp e Isolan (2005) explicam que as pessoas bipolares ainda enfrentam sintomas crônicos e preconceitos sobre a doença. O mau entendimento e o julgamento precoce sobre o transtorno prejudicam a percepção de pessoas leigas sobre o tema e até podem piorar os sintomas quando eles estão ocorrendo.  

Tung (2007) descreve o TAB como uma doença comum, com sinais que variam de pessoa para pessoa e sem uma cura, propriamente dita. Essa é uma doença que pode ser associada a fatores sociais e ambientais causadores de estresse, depressão, frustração, etc. Mas também, muitas vezes, é responsável pela baixa produtividade no trabalho e por problemas de relacionamento familiar e social. Tratamentos como a terapia e a medicação, como dito anteriormente, ajudam a lidar com ela durante situações do dia a dia e com a manutenção de humor. Porém, não são suficientes se não forem contínuos, pois visam tanto o bem-estar, a curto e longo prazo, quanto a prevenção e acompanhamento de como as pessoas se sentem.   

Neste dia 30 de março, comemora-se o Dia Mundial do Transtorno Bipolar, não só como uma forma de divulgação a respeito da doença e do que ela se trata, mas como uma maneira de promover a empatia e o entendimento aos nossos colegas de trabalho, amigos, familiares e outras pessoas que são acometidas pelo TAB. A bipolaridade é uma doença que muitas vezes não é reconhecida por vários anos, e mesmo quando é, pode levar ainda mais tempo para que tratamentos sejam iniciados e surtam efeito. Só porque uma pessoa nunca teve uma crise em público, não quer dizer que ela não se sinta de maneira destrutiva a si mesma quando está sozinha. Preste atenção em seus sentimentos, o que te frustra? Você se sente estressado? Talvez eufórico? E o que te faz feliz?  

Descrição da imagem de capa: Arte gráfica de um homem de lado, posicionado no centro de uma parede branca, com uma fisionomia séria, a sua frente uma outra versão da sua fisionomia gritando.

Referências: 

KNAPP, Paulo; ISOLAN, Luciano. Abordagens psicoterápicas no transtorno bipolar. Archives of Clinical Psychiatry, v. 32, suppl 1, São Paulo, 2005, p. 98-104. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rpc/a/4LdkNq4gNvFvLJV8NKFJqHm/#>.  

TUNG, Teng Chei. Enigma Bipolar: consequências, diagnóstico e tratamento do transtorno bipolar. São Paulo: MG editores, 2007.