TJPR

A inteligência artificial vem se difundindo cada vez mais e, para que ela seja utilizada com segurança nas atividades do Poder Judiciário, o Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (TJPRlab), em conjunto com a Secretaria de Tecnologia da Informação (Seti) do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), desenvolveu um sistema de inteligência artificial para uso interno. A proposta desta iniciativa é que os usuários criem e compartilhem seus comandos para a inteligência artificial, alimentando assim um banco de “robôs” a ser disponibilizado para uso de toda a instituição.

A ferramenta pode ser acessada pela intranet do TJPR através do link “Sistemas”, possibilitando a magistradas e magistrados, servidoras e servidores a plena utilização da inteligência artificial com a garantia da proteção dos dados. “O TJPR disponibilizou um ambiente seguro onde os usuários podem, inclusive, carregar documentos de processos judiciais de uma forma protegida pelos termos do contrato que o Tribunal mantém com a empresa que nos disponibiliza esse serviço de inteligência artificial. Os comandos que cada usuário cria e compartilha com o restante da organização podem ser auditados de forma centralizada, nos dando mais segurança em relação ao que os usuários estão utilizando dentro do TJPR”, explica André Luiz Chastalo Rauen, servidor do TJPRlab. 

O Banco de Robôs permite comandos bastante específicos, o que, segundo Gabriel Guilherme Berte, servidor do TJPR, dá mais agilidade aos processos com a geração automática de documentos pré-configurados conforme as reais necessidades da área. “Eu utilizo o sistema para a elaboração dos relatórios para todos os tipos de processos que a gente recebe, tanto agravo de instrumento, embargos de declaração, recursos de apelação, e também para geração de ementas de acordo com a padronização do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O robô consegue pegar exatamente os pontos mais importantes dos recursos e trazer para o nosso relatório, o que ajuda muito a otimizar o nosso tempo, deixando mais tempo livre para que a gente se dedique realmente à análise jurídica do processo, que o robô não faz”, relata o servidor. 

Além de otimizar os processos internos do TJPR, o Banco de Robôs proporciona a padronização em casos semelhantes. A juíza de direito Camila Henning Salmoria destaca também a celeridade e a produtividade proporcionadas pela ferramenta. “Eu utilizo desde robôs que façam relatórios até robôs que realizam pequenas análises de prova ou mesmo a redação de algum tipo de fundamentação para casos mais padronizados. A inteligência artificial traz celeridade na análise de processos mais longos e proporciona mais produtividade e qualidade ao grande volume de processos, possibilitando reunir várias decisões já existentes para montar um conteúdo mais elaborado, o que auxilia também na padronização, para que eu possa ter certeza de que as partes, em casos semelhantes, serão tratadas da mesma forma”, conclui a magistrada. 

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