Programa Jovens Promissores conquista as primeiras vagas de estágio e emprego para participantes


PROGRAMA JOVENS PROMISSORES CONQUISTA AS PRIMEIRAS VAGAS DE ESTÁGIO E EMPREGO PARA PARTICIPANTES

Idealizado e desenvolvido pela 2ª Vice-Presidência do TJPR, o programa finalizou a quinta turma de formação atendendo mais de 40 adolescentes

Completando sete meses de atuação, o “Programa Jovens Promissores”, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), desenvolvido por meio da 2ª Vice-Presidência, finalizou a terceira turma de atendimento. Nesta última edição, foram 17 jovens contemplados, totalizando 42 participantes até o momento.

Com o objetivo de atender adolescentes a partir de 14 anos de idade, que estejam em acolhimento institucional em Curitiba e Região Metropolitana, a iniciativa também pretende buscar encaminhamentos de estágios e empregos para os participantes. Com isso, paralelamente ao desenvolvimento de oficinas e visitas a diversas instituições, a equipe de trabalho vem realizando contato com diversas empresas e associações. Considerando o perfil de cada jovem e das vagas disponíveis, três encaminhamentos foram realizados.

Além disso, a partir da assinatura de um Decreto do Presidente do TJPR, Desembargador Renato Braga Bettega, que reservou 10% das vagas de estágio de ensino médio do TJPR para adolescentes em situação de vulnerabilidade social, outros cinco jovens foram selecionados. Com isso, pelo menos nove participantes do programa já garantiram uma posição para iniciar a vida profissional.

Entre eles está D.J.A.C., de 17 anos. O adolescente participou do Programa desde o início, já foi aluno e também monitor, e agora comemora a conquista de uma vaga de trabalho numa rede de farmácias. “O Jovens Promissores foi uma grande mudança na minha vida, me fez olhar para o futuro, refletir sobre a maior idade, me fez ter responsabilidade. Com o curso, meu comportamento mudou e as pessoas começaram a me ver de outra maneira. A maior diferença foi no trabalho, antes eu não dava muita importância, mas agora estou mais empenhado e tenho a chance de ser efetivado em breve”, relata ele.

A partir desses resultados, uma nova turma já está sendo formada. A expectativa é que o início das atividades aconteça ainda em maio de 2018.

Sobre o Programa

Idealizado e supervisionado pela 2ª Vice-Presidência do TJPR, o Programa é executado em parceria com o CEJUSC do Fórum Cível de Curitiba, com a Escola de Servidores do TJPR (ESEJE), com a Polícia Militar do Paraná (PM-PR), com o Exército, com o Conselho Regional de Contabilidade, com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), com a Universidade Livre para a Eficiência Humana (UNILEHU) e o Paraná Clube.

Com o objetivo de mobilizar esforços por parte do Poder Judiciário e de diversos setores do poder público e da sociedade, a iniciativa busca oferecer ferramentas para que os adolescentes acolhidos desenvolvam as condições de assumirem o papel de protagonistas de suas próprias histórias, tornando o desligamento dos programas de acolhimento menos traumático.

Lançado em setembro de 2017, o Jovens Promissores teve início com uma série de estudos, realizados em Curitiba e região metropolitana, que permitiram a identificação dos adolescentes que se encontravam acolhidos e com idade próxima a 18 anos, ocasião em que são desligados das instituições de acolhimento e passam a ter a responsabilidade de se sustentarem.

Além disso, foram identificados os principais desafios que comprometem o desenvolvimento da autonomia, como vínculos familiares fragilizados, reiteradas violações a direitos fundamentais, desigualdade de oportunidades, preconceito, escolaridade comprometida, dentre outros.

A partir desses levantamentos, as ações do Programa foram divididas em duas etapas. Na primeira, de formação, foram oferecidas atividades como visitas guiadas ao TJPR, círculos restaurativos (visando estimular a reflexão, a autoestima, o resgate de valores e a criação da identidade do grupo), oficinas de educação financeira e empreendedorismo, além de visitas a diversas instituições públicas e privadas, nas quais os adolescentes puderam conhecer algumas carreiras e profissões.

A segunda etapa diz respeito aos acompanhamentos individuais: os adolescentes foram orientados e, sempre que possível, encaminhados a cursos profissionalizantes ou a vagas de estágio, aprendizagem ou emprego.

Texto: 2ª Vice-Presidência.