Tribunal inicia capacitações para gestão e gerenciamento de riscos


Tribunal inicia capacitações para gestão e gerenciamento de riscos
A Presidência do TJPR implantou o projeto em todos os setores de direção. A partir da próxima semana, serão realizados treinamentos específicos para os chefes de divisão
Qua, 27 mar 2019 16:55:48 +0000

A primeira oficina de capacitação em gestão de riscos foi realizada nesta quarta-feira (27/3), nas salas modulares da Esplanada, que ficam localizadas no Prédio Anexo ao Palácio da Justiça. Este é o início de um grande projeto, instituído pela Presidência do Tribunal de Justiça (TJPR), que tem como objetivo formular uma política de gestão de riscos no Judiciário paranaense.

Este primeiro passo contou com a presença do Presidente do TJPR que incentivou a prática e a implantação do processo. “A gestão de riscos evita erros no tramitar de licitações e de outros procedimentos, também garante segurança não só para os diretores do TJPR, mas também para o Presidente quando edita um ato administrativo. Diante disso, todas as diretorias deverão adotar a gestão de riscos. O Tribunal tem que dar o exemplo, nós julgamos outros ramos da administração. Eu, mais do que ninguém, tenho que primar pela ordem, pela legalidade e pela moralidade da administração pública.”

Palestras

Durante a oficina, foram repassados aos magistrados, aos diretores e aos servidores presentes noções introdutórias sobre o gerenciamento de riscos. Essa primeira palestra, que foi conduzida pelo chefe da Divisão de Normatização do Núcleo de Controle Interno (NCI) do TJPR, Thiago Martini Ribeiro Pinto, traçou um panorama geral do que é gerir riscos. Ele citou, inclusive, casos recentes como a tragédia que ocorreu em Brumadinho (MG). “Há riscos em tudo que fazemos, por mais inocente que seja a ação, ou até mesmo, a omissão. Não existe nada que não tenha risco. Isso vale para tudo”.

O chefe da Divisão de Normatização do Núcleo de Controle Interno explicou, ainda, sobre a diferença entre risco e problema. Pontuou que o processo de gestão de riscos tem como finalidade garantir que os controles sejam eficazes e eficientes; obter informações para melhorar o processo de avaliação de riscos; detectar mudanças no contexto interno e externo; identificar riscos emergentes; e analisar e registrar eventos, mudanças, tendências, sucessos e fracassos, visando a melhoria contínua.

Ele falou sobre o ciclo de gestão que compreende identificar, analisar, avaliar, tratar e monitorar os processos. Thiago Martini ressaltou, ainda, que as capacitações específicas para os chefes de divisão do Tribunal iniciarão a partir da semana que vem.

A chefe da Divisão de Controladoria do Núcleo de Controle Interno, Izabel Viera Szeremeta, trouxe ao conhecimento dos presentes questões objetivas e práticas da implantação da gestão de riscos. Ela salientou os benefícios do processo, que irá contribuir para o alcance dos objetivos estratégicos do TJPR, pois vai otimizar a utilização de controles gerenciais, diminuir o retrabalho e, por fim, vai garantir segurança na tomada de decisões e maior eficiência no uso dos recursos.

Pioneirismo

O Departamento do Patrimônio do TJPR foi o pioneiro a implementar o sistema de gestão e gerenciamento de riscos. A diretora Mariana da Costa Turra Brandão conta que a ideia surgiu por conta de um convite para participar de uma capacitação no Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR). “A implementação da gestão de riscos no Departamento ocorreu a partir do convite para participar de uma capacitação em gestão de riscos. Aceitamos de forma despretensiosa, mas nos deparamos com uma ideia que trouxe uma grande revolução a este Departamento. Os riscos que envolvem as contratações públicas não são pequenos e tal perspectiva sempre foi causa de grande preocupação, de modo que decidimos implementar a gestão de riscos, que é uma ferramenta capaz de afastar ou pelo menos minimizar a sua ocorrência”.

Mariana, inclusive, destaca alguns resultados alcançados após o início do processo no setor. “Além de aprofundar o conhecimento dos riscos envolvidos nas diversas etapas do processo e da implementação de medidas que impediram a materialização de muitos riscos, alcançamos uma considerável melhora nos nossos fluxos e procedimentos, que impactaram positivamente nos prazos de contratação. Os riscos permeiam todas as atividades da administração, sendo um relevante marco da gestão a extensão desta metodologia a outras áreas”, finalizou.    

Acesse o material da oficina.