A audiência pública será realizada de forma híbrida no dia 30 de setembro, das 15h às 17h

Repositório de Mulheres Juristas incentiva participação feminina no Judiciário

Legenda

REPOSITÓRIO DE MULHERES JURISTAS INCENTIVA PARTICIPAÇÃO FEMININA NO JUDICIÁRIO

Iniciativa pretende dar visibilidade à produção intelectual feminina na área jurídica 

A maior participação institucional feminina no Poder Judiciário vem sendo amplamente discutida nos últimos anos. Com o objetivo de promover a igualdade de gênero no Judiciário paranaense, o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) criou o Repositório de Mulheres Juristas especializadas nas diversas áreas do Direito. O banco de dados atende à Resolução n° 418/2021, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e pretende dar visibilidade à produção intelectual feminina na área.  

“Existe uma determinação do CNJ para que mulheres sejam mais citadas nas decisões. Mas o que percebemos é que havia uma falha nas bibliotecas de permitir acesso à produção acadêmica dessas mulheres. Portanto, mesmo que se quisesse citá-las, o acesso era um pouco mais difícil. Então essa iniciativa cria e autoriza esse acesso de forma gratuita”, explicou a analista judiciária Melanie Merlin de Andrade.

A inciativa é coordenada pela Comissão de Igualdade e Gênero do TJPR (CIG) e visa reunir nomes das juristas mulheres cuja produção intelectual e conhecimento possam contribuir para o aprimoramento do Poder Judiciário, tanto como referência nas peças processuais quanto em participações como palestrantes ou painelistas em eventos jurídicos, bem como integrantes de comissões organizadoras e bancas examinadoras em concursos para a magistratura.

“Foi criado um formulário digital e foram efetuados convites a diversas juristas aqui do estado do Paraná, tanto magistradas como outras mulheres juristas, como professoras de universidades, administrativistas, cada qual dentro da sua especialidade”, afirmou a coordenadora da CIG, desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima.  

Nos próximos meses, o TJPR, por meio da Escola Judicial do Paraná (Ejud-Pr), realizará uma edição especial da revista jurídica Gralha Azul dedicada aos artigos das mulheres inscritas no repositório. “A Ejud lançará a Revista Gralha Azul dedicada especialmente a essa produção das mulheres. Essa será uma grande oportunidade para conhecer mais dessa produção intelectual feminina”, declarou o diretor-geral da Ejud-Pr, desembargador Ramon de Medeiros Nogueira.

A analista judiciária Melanie Merlin é uma das juristas convidadas para a edição. “Para mim foi uma honra, e é muito admirável essa iniciativa vanguardista do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná de efetivamente concretizar essa igualdade”, afirmou Melanie.  

Estrutura

O repositório está dividido nas seguintes áreas do Direito:

Ciências Criminais (Direito Penal, Processo Penal e Criminologia)

Teoria do Direito, Direito Constitucional e Eleitoral

Direito Administrativo

Direito Ambiental

Direito Previdenciário

Direito Digital

Direito Civil

Direito Processual Civil

Direito Tributário

Direito Internacional

Filosofia do Direito e Direitos Humanos e das Relações Raciais

 

Para fazer parte do cadastro, a jurista deve preencher formulário a seguir:

https://portal.tjpr.jus.br/portletforms/publico/frm.do?idFormulario=5634

 

Descrição da imagem de capa: mulher em uma biblioteca com um computador.