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Detentos trabalham em hortas orgânicas nas penitenciárias do Paraná


DETENTOS TRABALHAM EM HORTAS ORGÂNICAS NAS PENITENCIÁRIAS DO PARANÁ

Produção abastece unidades e beneficia a comunidade local 

No dia 22 de fevereiro, uma equipe do programa Paraná Mais Orgânico, iniciativa do Governo do Estado do Paraná, visitou a Penitenciária Estadual de Guarapuava, com o objetivo de conhecer a horta cultivada pelos detentos, para dar início ao processo de certificação orgânica.  

A área com cerca de um hectare é utilizada para produzir mais de 20 variedades de frutas e hortaliças, além da criação de galinhas para a produção de ovos e carnes. O que é cultivado abastece o consumo interno de detentos e funcionários e o excedente é destinado para instituições municipais e ONG’s.  

No Paraná, as hortas orgânicas também são cultivadas no Complexo de Piraquara, na Penitenciária Central do Estado – Unidade de Progressão, no Centro de Integração Social -Unidade feminina -, e na Colônia Penal Agrícola. 

De acordo com o supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (GMF/TJPR), desembargador Ruy Muggiati, o GMF está desenvolvendo um programa para fomentar a criação de mais hortas orgânicas em estabelecimentos penais de grande e pequeno porte.  “Esse é um projeto muito interessante, tanto a produção de alimentos orgânicos no ponto de vista do mercado, como das pessoas aprenderem a produzir os seus próprios alimentos saudáveis. Tendo a oportunidade de ter outros desdobramentos também como a compostagem, que tende a ter um valor cada vez maior por causa do seu viés de sustentabilidade”, explica o magistrado.

O objetivo, segundo o desembargador, é promover o conhecimento e a capacidade de produção dos próprios internos, fornecendo alimentos de boa qualidade para as unidades e, eventualmente, distribuindo o seu excedente para escolas, entidades assistenciais e para a comunidade local, inclusive, para os familiares dos próprios internos.  O projeto conta com a parceria da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná e do programa Paraná Mais Orgânico. “Esperamos que essa parceria possa render muitos frutos e que essas iniciativas tragam benefícios para as unidades, para os internos, e para as comunidades locais”, afirma Muggiati.