Desembargadora Lenice Bodstein
DESEMBARGADORA LENICE BODSTEIN
Por Robson Marques Cury
Lenice Bodstein, filha de Victor Hugo Bodstein e Terezinha Bodstein, nasceu no dia 26 de abril de 1953, no Rio de Janeiro (RJ). Formou-se bacharel em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), turma de 1977.
Assessora Jurídica do Tribunal de Alçada.
Aprovada em concurso, Lenice Bodstein ingressou na magistratura no dia 1º de julho de 1986 como juíza substituta da comarca de Wenceslau Braz. Judiciou também nas comarcas de Ibaiti, Tomazina e Siqueira Campos. Após novo concurso, como juíza de Direito, a partir de 13 de abril de 1987, judiciou nas comarcas de Curiúva, Rio Branco do Sul, Rebouças, Toledo, Cambé, Cascavel e Curitiba.
Foi promovida a desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) no dia 25 de março de 2011.
Lenice Bodstein é especialista em Direito de Família pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e em Direito Constitucional pela Escola da Magistratura do Paraná (Emap). Além disso, ela é sócia fundadora e presidente seccional do Instituto de Direito de Família (IBDFAM) no Paraná.
Magistrada vocacionada, nossa afinidade decorre da nossa predileção pelo Direito de Família. Lenice é defensora da Lei Maria da Penha, sendo, inclusive, professora na área. A magistrada é uma das precursoras da aplicação da guarda compartilhada. Também é entusiasta do atendimento transdisciplinar e tem sido referência na defesa dos direitos da mulher. Nesse contexto, a desembargadora Lenice tem participado ativamente no programa “Justiça pela Paz em Casa”.
Lenice Bodstein foi coordenadora na Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid) do TJPR e ouvidora-geral na gestão 2017/8, tendo integrado o Órgão Especial no biênio 2021/2.
A magistrada foi entrevistada pela jornalista Daniele Machado em audiovisual para a História do Judiciário Paranaense (YouTube 17 de outubro de 2019).
“Contou que naturalmente foi engajando no trabalho de precursora na defesa dos direitos da mulher, influenciada pela desembargadora Denise Kruger Pereira, uma das primeiras nessa área. Assumiu o seu papel de magistrada.
Foi a 18ª mulher a ser nomeada juíza. Começou como assessora jurídica do Tribunal de Justiça. Como uma das juízas pioneiras no interior foi impactante, influenciando no empoderamento, diante das diferenças no Judiciário entre homens e mulheres. Segue como o curso do rio que muda sua trajetória adaptando-se às nuances e variações do caminho.
Faz o que gosta, por vocação. A sua vida é interativa, como juíza, professora, mãe. Funciona maravilhosamente bem.
Atuante no Direito de Família. Fundadora do Instituto brasileiro de Direito de Família. Seu projeto de guarda compartilhada foi depois transformado em lei. Época de ebulição das relações sociais no seio das famílias.
Ver uma criança desamparada no fórum a levou a pensar em achar soluções que foram materializadas ao longo dos anos.
Sua imparcialidade decorre do estudo de todas as matérias, desde o Direito, com a Psicologia, a Psicanálise, aliada ao estudo da prova dos autos.
A solução é a adequada educação pelo estado dos jovens e dos cidadãos, para que saibam como tratar as pessoas em situação de vulnerabilidade. Quem sabe no futuro, com a evolução da educação e da cultura da sociedade, leis como a Maria da Penha possam ser derrogadas.
Tem consciência que a sua missão é julgar, sem perder a sua felicidade e a sua alegria. Gosta de viajar, conhecer pessoas e entender como o mundo funciona.”
A querida e competente magistrada Lenice Bodstein tem predileção pelo significado da seguinte frase: “Respeito é a base. Não há confiança, não há amor e não há amizade se não houver respeito.”