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Magistrado Leomir Binhara de Mello


MAGISTRADO LEOMIR BINHARA DE MELLO

Por Robson Marques Cury

Nascido em Curitiba, em 05 de março de 1947, Leomir Binhara de Mello passou grande parte da infância e adolescência morando na Lapa,PR. Em novembro de 1975, casou-se com Terezinha Machado de Mello, com quem teve três filhos, Guto, agente delegado em Prudentópolis e atual presidente da Associação do Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná (Arpen-PR) e do Fundo de Apoio ao Registro Civil de Pessoas Naturais (Funarpen)-; Letícia, advogada; e Diego, chefe de cozinha na Austrália. Leomir e Terezinha têm ainda quatro netos: Julia, aprovada este ano no vestibular de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e 1ª colocada em Direito na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR); Rafaella; Eduardo e Mariana. 

Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba, em 1978. Após a formatura, advogou por 6 anos até ingressar na magistratura através de concurso público no ano de 1984. Em 20 de junho de 1984, assumiu como juiz substituto na Seção Judiciária e Ivaiporã, atendendo também às comarcas de Faxinal, Barbosa Ferraz, São João do Ivaí, Grandes Rios. Leomir de Mello também foi designado como juiz substituto em Campo Mourão. 

Em 03 de outubro de 1986, ele foi nomeado juiz de Direito da comarca de entrância inicial de Coronel Vivida, onde ficou até 1989 (sendo designado, em alguns momentos neste período, para atender também em Pato Branco, Clevelândia, Guarapuava, Mangueirinha, Palmital, Pitanga e Pinhão). 

Em 21 de março de 1989, o magistrado foi realocado para São João do Triunfo, onde permaneceu até 02 de outubro de 1989, quando foi promovido para a comarca de entrância intermediária de Ibaiti (lá fez muitas amizades e foi agraciado pelo título de Cidadão Honorário da cidade) atuando até 12 de novembro de 1992. Nesta data foi transferido para a 2ª Vara Cível de São José dos Pinhais permanecendo até 30 de agosto de 1993, quando foi promovido ao cargo de juiz de Direito substituto da 15ª Seção Judiciária da Comarca de entrância final de Curitiba (atuou na 4ª Vara Fazenda Pública, nas 8ª, 9ª, 14ª e 16ª Varas Cíveis e trabalhou com os colegas Rosene Arão de Cristo Pereira, da 8ª Vara, e Lauro Augusto Fabrício de Melo, da 14ª Vara). Aposentou-se em 06 de setembro de 1994, voltando a advogar na capital. 

Juntamente com o primo, magistrado Silvio Binhara, exerceu a direção da Casa do Magistrado, da Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar) no Pilarzinho, onde eles organizavam jantares semanais para reunir colegas magistrados.  

Formado em 1978, na Faculdade de Direito de Curitiba, juntamente com os colegas Guilherme Luiz Gomes e Carlos Mansur Arida, que também ingressaram na magistratura. Guilherme foi eleito presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) na época. 

Já seus colegas de concurso são: Clairton Mario Spinassi, José Candido Sobrinho, José Alberto Ludovico, Paulo Roberto Vasconcelos, Miguel Kfouri Neto, Gilberto Ferreira, Lidia Matiko Maejima, José Maurício Pinto de Almeida, Luiz Carlos Gabardo, Roberto de Vicente, entre outros, que, em junho de 2024, completarão quarenta anos de ingresso na magistratura. Leomir iniciou sua carreira na Secção Judiciária de Ivaiporã, com os juízes titulares Lorni Zaniolo e Rosene Arão de Cristo Pereira.Sempre alegre, sorridente, trabalhador e competente, com seu invejável bom humor, tem a irrestrita simpatia de todos os colegas. 

Lembro que, nas férias forenses de 1990, na Colônia da Amapar, em Guaratuba, eu voltando do mar para a areia com meu veleiro holder 12 pés, batizado de ‘Incitatus’, arrastando pela areia as longas meias caindo dos pés, e o Leomir ria sem parar e depois contava o episódio às gargalhadas para os colegas. Realmente hilariante a cena. Lembro que passearam comigo no veleiro o Jorge Massad e o Vilmar Machiavelli. 

Leomir conta que, em uma partida de truco, lá mesmo em Guaratuba, em que sua dupla disputava com a dupla de Gilberto Ferreira e ganhava a maioria dos tentos, Gilberto, em um determinado momento, pediu para o filho buscar no apartamento o baralho novo, reclamando que estavam gastas as cartas com que estavam jogando. Reiniciada a partida, Gilberto falava toda hora para o Leomir: “Jogue esse teu três que está segurando. Esse dois não ganha. Pensa que tua espada vai ganhar dos meus paus.” De fato, o Leomir tinha essas cartas e a manilha. Achou, então, que o baralho estava marcado, e começaram a discutir. Resolveram então voltar a jogar com o baralho antigo. E a dupla do Gilberto passou a ganhar as mãos... e brincam até hoje que, quando chegarem perante São Pedro, ele é quem vai dizer se alguém estava trapaceando...  

Outro episódio que aconteceu com o juiz substituto Leomir na comarca de Faxinal foi quando o titular Paulo Habith, presidindo audiência, pediu-lhe para buscar na rodoviária o novo promotor de justiça de nome Kukina vindo do Sudoeste. Chegou o ônibus, e começou a descer gente carregada de sacos, galinhas e outras bagagens. E nada do promotor japonês, pois, com esse nome, Leomir achava que ele era oriental. Então abordou o último passageiro, e ele confirmou que era o promotor de justiça, dizendo que tinha descendência Croata. Foi muito divertido. Tornaram-se grandes amigos e, atualmente, Sérgio Kukina é ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

Descrição da imagem de capa: Arte gráfica com estantes de livros no fundo e no centro o título com os dizeres - História do Judiciário Paranaense.