Notícias

Programa Justiça no Bairro do TJPR regulariza propriedades de 720 famílias

Legenda

PROGRAMA JUSTIÇA NO BAIRRO DO TJPR REGULARIZA PROPRIEDADES DE 720 FAMÍLIAS

Audiências realizadas na região de Cerro Azul e Doutor Ulysses legalizou propriedades rurais de pequenos produtores 

O programa Justiça no Bairro, do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), beneficiou cerca de 720 famílias das cidades de Cerro Azul e Doutor Ulysses, no Paraná, legalizando terrenos na região, em audiência realizada quarta-feira (29/05) pela juíza Vanessa Jamus Marchi e pelo promotor de Justiça Régis Rogério Vicente Sartori. “São famílias muito pobres, muito humildes, que, com a regularização do usucapião, vão ter a oportunidade de melhorar a sua produção e pedir a certificação de orgânicos. É muito importante que o Tribunal esteja aberto para agir nessas questões sociais., É uma conquista do Poder Judiciário devolver às comunidades do Paraná o direito e a dignidade de ser proprietário, de se sentir protegido e ter garantido os seus direitos”, explicou a desembargadora Joeci Machado Camargo, 1ª vice-presidente do TJPR e coordenadora do programa, que está em ação no estado desde 2011.  

O município de Cerro Azul concentra, em seu território, pequenos produtores rurais. “É um município antigo com déficit enorme na regulamentação fundiária, e o Justiça no Bairro veio para contemplar nossos produtores, que na maioria são pequenos produtores rurais que produzem tangerina, permitindo a regularização dos terrenos e o acesso ao crédito”, frisou o prefeito de Cerro Azul, Patrik Magari. “Essa parceria do TJPR com o governo do estado do Paraná proporciona que a gente consiga resolver um problema fundiário sério que temos no Paraná, regularizando as propriedades, com mais incentivo e melhoria da produção”, ressaltou Amilcar Cavalcante Cabral, diretor de Gestão Territorial do Instituto Água e Terra da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo do Paraná. Ele também informou que cerca de 20% dos produtores rurais do estado não tem o documento de propriedade regularizado.

A regularização ajuda na produção

O agricultor Justino Sebastião de Matos tem 10 irmãos, todos nasceram e foram criados na propriedade da família em Cerro Azul, onde cultivam feijão, milho, amendoim, batata doce e tangerina ponkan. Toda a família compareceu na audiência para assinar os documentos. “Agora temos certeza do que é nosso e a gente trabalha mais contente, vamos conseguir empréstimo com a documentação da terra. Agora a gente tem a certeza de que vai deixar as coisas certinhas para a família”, comemorou o agricultor, comemorando o certificado de propriedade das terras que cultiva há anos.


 

A agricultora Olívia Teixeira Gonçalves, de 77 anos, compareceu à audiência com a filha Maria Teixeira Gonçalves.  A família delas planta laranja, milho e cana. "Minha mãe estava acamada, mas queria vir, essa regularização ajuda na produção, ajuda a buscar crédito. Saímos daqui felizes hoje, depois de tantas viagens que já fizemos. Tudo que a gente tenta uma hora chega e hoje chegou mesmo", contou Maria. Por não conseguir assinar o seu nome, a regularização fundiária da propriedade da agricultora Olívia foi realizada com as suas digitais, colhidas durante a audiência. 

        

Descrição da imagem de capa: proprietários que tiveram terrenos legalizados reunidos.