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Lançamento da obra jurídico-literária “O julgamento de Otelo, o mouro de Veneza” será nesta segunda-feira

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LANÇAMENTO DA OBRA JURÍDICO-LITERÁRIA “O JULGAMENTO DE OTELO, O MOURO DE VENEZA” SERÁ NESTA SEGUNDA-FEIRA

Também será realizado o I Seminário de Direito e Literatura do Grupo de Pesquisa “Tribunal do Júri e Literatura”

No dia 20 de novembro, às 19h, o Tribunal do Júri de Curitiba promove o lançamento da obra jurídico-literária “O julgamento de Otelo, o mouro de Veneza”. O evento será realizado no plenário do Júri, que fica localizado na Rua Ernani Santiago de Oliveira, 212, no Centro Cívico.

 O livro conta com a participação de renomados autores, dentre eles estão os professores Jacinto Nelson de Miranda Coutinho, Priscilla Placha Sá, José Calvo González e André Peixoto. Também contribuíram com a composição da obra José Roberto de Castro Neves, Mail Marques de Azevedo, Alexandre Morais da Rosa, o magistrado Munir Karam, Anna Stegh Camati, Alexandre Barillari, Marion Bach, Gabriel Salomão Garret, Alexandre Cavalli das Neves.     

O advogado e professor René Ariel Dotti elaborou o texto de apresentação do material e a coordenação dos trabalhos ficou a cargo do Juiz de Direito Presidente da 2ª Vara Privativa do Tribunal do Júri de Curitiba, Daniel Ribeiro Surdi de Avelar. Já a organização foi efetuada pelas professoras Angela dos Prazeres (FAE) e Liana de Camargo Leão (UFPR).

Encenação do Julgamento

O julgamento simulado de Otelo ocorreu em novembro de 2016 no plenário do Júri, na capital paranaense. Esta é a terceira vez que um clássico mundial repercute em debate forense em forma de julgamento. 

A encenação contou com a participação do ator Danilo Avelleda e dos alunos da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) e da FAE. Convidados e autoridades também atuaram na peça.

Para o magistrado Daniel Ribeiro Surdi de Avelar o julgamento teve como objetivo o júbilo dos 400 anos de Shakespeare, a promoção do direito, da arte e da cultura não apenas à comunidade acadêmica e jurídica, mas a toda sociedade curitibana.

Avelar destacou ainda o auxílio recebido do Desembargador aposentado Munir Karam, que não apenas foi o grande idealizar do primeiro julgamento em 1961, mas também muito contribuiu para a realização do julgamento em 2016.

I Seminário de Direito e Literatura do Grupo de Pesquisa “Tribunal do Júri e Literatura”

Além do lançamento da obra, os interessados poderão participar do I Seminário de Direito e Literatura do Grupo de Pesquisa “Tribunal do Júri e Literatura”. Serão realizados dois painéis que irão abordar os temas: ‘O encontro entre a ciência criminal e a arte do teatro’, ‘O direito de matar mulheres’, ‘A literatura shakespeariana e a construção da verdade’, ‘O amor entra pelos olhos e o mal, pelos ouvidos’, ‘O coração ferido pelo ouvido: a percepção do mundo a partir da linguagem’ e ‘Os vilões de Shakespeare’.

Confira aqui a programação completa.

Inscrições

Para confirmar a participação no evento será necessário efetuar inscrição no site da Escola da Magistratura do Paraná (EMAP).  

A obra de Shakespeare - “O julgamento de Otelo, o mouro de Veneza”

Escrita entre os anos de 1599 a 1604, a obra é uma das peças mais encenadas de William Shakespeare. Relata a história do general mouro Otelo a serviço de Veneza, que se apaixona à primeira vista por Desdêmona, a filha de Brabâncio um dos senadores mais poderosos da cidade.

O amor é correspondido e Otelo, de volta à Veneza após uma longa batalha, se casa com Desdêmona, mas de maneira sigilosa. O pai, ao saber do enlace dos dois, fica furioso, mas acaba perdoando a filha. Os dois parecem viver na mais plena harmonia, quando Otelo, o sábio e discernido general, acaba sendo envenenado pelo personagem Iago, que o inveja em diversos aspectos.

Iago por meio de um plano diabólico, mas muito eficaz, faz Otelo crer que sua adorada esposa Desdêmona o está traindo com Cássio, outro personagem da história. Otelo cego e envenenado pelo ciúme, torna-se um homem descontrolado e acaba matando Desdêmona, movido pela manipulação ardilosa e cruel de Iago, que ainda recebe a ajuda de sua esposa, que era dama de companhia de Desdêmona.