28/08/2020

 

Funcionalidades do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento

Em agosto, por meio da Instrução Normativa Conjunta nº 15/2020, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) regulamentou a utilização do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) no Estado. O documento, dirigido aos pretendentes à adoção, dá publicidade às funcionalidades do SNA e traz orientações sobre procedimentos e prazos a serem observados para habilitação, atualização cadastral, manifestação de interesse e início do vínculo entre crianças e adolescentes e pretendentes já habilitados.

O ato normativo foi assinado pela Presidência do TJPR, pela Corregedoria-Geral da Justiça e pelo Conselho de Supervisão dos Juízos da Infância e da Juventude (CONSIJ).

Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento

O SNA foi instituído no ano passado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com a edição da Resolução nº 289/2019. A plataforma unificou o Cadastro Nacional de Adoção (CNA) e o Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas (CNCA).

O sistema envolve um conjunto dinâmico de informações sobre acolhimento institucional e familiar, adoção e outras modalidades de colocação em família substituta, além de informações sobre pretendentes habilitados.

Essa ferramenta é de uso obrigatório e auxilia o trabalho de juízes das Varas da Infância e Juventude na condução dos processos relacionados à adoção e ao acolhimento institucional e familiar.

Acesse:    Instrução Normativa Conjunta nº 15/2020
                 
Resolução CNJ nº 289/2019
Fonte: Imprensa TJPR

27/08/2020

PROJETO de RAP online  "Se liga RAPaz"

Em tempos históricos de pandemia, novas formas de equipamentos e instrumentos de atividades se despontam.  Como nosso projeto de RAP online  "Se liga RAPaz", aqui  tratamos sobre a desconstrução da vinculação do RAP com a criminalidade, destacando que o RAP é mais uma forma de expressão cultural que emancipa e consegue dar visibilidade ao nosso jovem de "dizer o que quer, de verdade". Nosso segundo encontro aconteceu no dia 19/08  e teve a presença Rapper THIAGÃO que representa o RAP no nosso Pr, junto de toda sua história de vida. Uma fala de 15 min mas, potente e cheia de verdade, aí o ponto cerne, ele é real, ele emociona, ele é nosso adolescente. Ele fala de sua vida, de Deus com intensidade que aflora amor, sonhos e motivação. Major Tordoro em seguida, conseguiu  na sua fala branda, sorrindo com os olhos, despertar ali o nosso lado humano, a vontade de estar mais próximo, uma PM com proximidade. Major Villa,  comandante geral  da PM aqui em Londrina, fala firme, mas deixando sempre se mostrar como é, sua fala foi permeada sobre a nossa característica errante inerente a todo ser humano e da possibilidade de fazer diferente, mostrando também a rotina de  um PM, Coronel Pancotti, Chefe do DEASE, participou dessa reunião enfatizando que o  trabalho na Socioeducação  é de garantia de direitos, preconizando a SOCIOEDUCACAO como um processo emancipatório, capacitando nossos adolescentes, como ele mesmo diz, para uma vida cidadã, trabalhando pela verdadeira inclusão dos meninos, humanizando nossas unidades, ou seja, dando voz a expressão do garoto.Os nossos meninos, ah, cantaram seus RAPS, teve "até batida e musicas dançantes".Tudo isso preparado e planejado para o adolescente, que hoje esta privado de sua liberdade. Obrigado, Semiliberdade e Cense 1 daqui e Censes de Umuarama, Maringá e seus diretores. Que a gente consiga fazer a diferença na vida desses meninos, o RAP é esse instrumento. Dia memorável para a história do CENSE 2 DE LONDRINA, obrigada equipe que acredita, se dedica, faz e acontece e AMA tudo isso.

     

27/08/2020

Rádio CENSE Ponta Grossa

O rádio sempre está presente na rotina de todos, em casa, no carro, ônibus e/ou no trabalho, é evidente a importância do rádio para descontração e informação. O Centro de Socioeducação de Ponta Grossa, desde 2009 possui uma estrutura de rádio, mas desde 2010, ela não estava sendo utilizada. Nesse ano, por iniciativa do agente socioeducativo Valter Maciel Avelino, o qual elaborou o projeto “Rádio Educativa Informando para Vida”, o espaço começou a ser usado, trazendo mais entretenimento e informação a adolescentes e funcionários.
A ideia do projeto surgiu como meio de utilizar o espaço ocioso, transmitindo informações e conhecimentos. Foram adquiridos os equipamentos necessários e realizado programação da rádio.

A programação de rádio no Cense inclui: lista de músicas (selecionadas pelos adolescentes), programas de variedades com temáticas de utilidade pública, dicas de saúde, lazer, esporte, bingos e outras temas que a equipe multidisciplinar considere necessário. Destaca-se dentre as temáticas selecionadas as campanhas anti-drogas, violência e sobre a Pandemia Covid-19.
O Projeto tem bastante aceitação entre os socioeducandos e funcionários. Os adolescentes estão participando com entusiasmo desses programas, inclusive redigindo músicas/raps para cantar durante a programação.

A utilização do rádio, por meio do projeto, contribui para o desenvolvimento de diversos talentos, aprimora a criatividade e criticidade dos sujeitos. É importante para a construção da autonomia e valorização de si, estimulando o desenvolvimento de ações positivas, no ambiente socioeducativo. Além de ser, durante a Pandemia, um espaço para descontração e melhoria da saúde mental de todos envolvidos.

27/08/2020

Círculos de Cuidado Online

O Departamento de Atendimento Socioeducativo do Paraná em parceria com o Tribunal de Justiça do Paraná tem realizado durante esse período da pandemia o programa Círculos de Cuidado Online. O programa de práticas restaurativas surgiu tendo como objetivo o cuidado dos servidores do Sistema de Atendimento Socioeducativo do Paraná. Inicialmente realizado de forma presencial, os círculos promovem discussões que trabalham as relações interpessoais, promovem a escuta ativa e o acolhimento de demandas. Eles ocorrem cerca de oito vezes por mês em horários e dias variados e com temáticas diferentes a cada mês, sempre contando com o apoio de facilitadores e com a participação voluntária dos servidores. Nesse mês de agosto, os círculos tiveram como temática a autoconexão e contarão com a participação de cerca de 90 servidores, incluindo um círculo específico para os diretores das Unidades.

18/08/2020

A Arte que Liberta - CENSE Foz do Iguaçu

O projeto “A arte que liberta” tornou-se um dos momentos mais aguardados do dia pelos socioeducandos do Cense de Foz do Iguaçu, essa experiência musical tem sido um marco na vida dos internos, as aulas de violão ocorrem uma vez a cada dez dias, com a presença de dois adolescentes por encontro. É possível afirmar que muitos adolescentes apresentaram mudanças positivas no comportamento a partir da musicoterapia; as primeiras aulas foram suficientes para observar que alguns internos possuem habilidade vocal e musical. Devido à Covid-19, os encontros são esporádicos, assim o progresso de aprendizagem está aquém do esperado. O projeto alberga não apenas conteúdo mecanicista e técnico, mas diálogo, harmonia entre servidores públicos e adolescentes que cumprem medida socioeducativa e, todos os adolescentes apresentam interesse pelas aulas.

18/08/2020

Continuidade das Ações em Comemoração aos 30 anos do ECA
CENSE Santo Antônio da Platina

A lei que define toda criança e adolescente como sujeito de direito e de deveres completou no mês de julho passado 30 anos de criação, e as unidades que realizam o atendimento de adolescentes que cumprem medidas socioeducativas realizaram uma vasta programação para celebrar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a lei federal Nº 8069/1990. Administradas pelo Departamento de Atendimento Socioeducativo - DEASE, as Unidades Socioeducativas por meio das equipes pedagógicas, técnicas e agentes de segurança socioeducativos  promoveram  oficinas, programações culturais, rodas de conversa, exibições de vídeos, entre outros, tendo como foco a maior conscientização dos socioeducandos quanto aos seus direitos e deveres, garantidos no estatuto. 
Promulgado em 13 de julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) consolidou, após a Constituição Brasileira de 1988, o reconhecimento os direitos humanos da população infanto-juvenil, sendo um marco também na lei de responsabilização de adolescentes em conflito com a Lei, ao determinar o que se chama de Medidas Socioeducativas.


A Unidade Socioeducativa de Santo Antônio da Platina, por meio de sua equipe multidisciplinar, continua abordando com os socioeducandos a relevância dos 30 anos do ECA. Foi repassado o filme " O Contador de História", desenvolvidas oficinas de rap, poesia e desenho sobre o tema,  além de uma roda de conversa e dinâmicas sobre a relação de direitos e deveres trazidos pelo Estatuto que resultou numa cartilha para os adolescentes que ingressarem na unidade. 

          

Download da Cartilha

18/08/2020

 

Café Socioeducativo - CENSE Londrina 2

O contexto criado pelo reconhecimento das especificidades do trabalho socioeducativo, do fazer educativo que a ela se acresce e especialmente pela compreensão sobre quem são os adolescentes que são destinatários da política de socioeducação executada neste CENSE Londrina II, dá lugar a avaliação da urgência de construir um trabalho permanente de educação para as relações etnicorraciais. Isto porque é preciso desnaturalizar as práticas e vivências que reiteram a violência etnicorracial que tem composto a trajetória de vida dos adolescentes e que se converte tanto em limite para seu acesso ao conjunto de bens comuns necessários à formação humana, quanto em fator concreto de sua maior vulnerabilidade dado o conjunto de dados que indicam o genocídio da juventude negra em curso no Brasil e que afeta mais diretamente os adolescentes e jovens atendidos pela política de socioeducação.

O projeto “Café Socioeducativo” se coloca assim como uma possibilidade de atuação educativa a ser desenvolvida com os adolescentes, em perspectiva dialógica, freireana, para, refletir e desnaturalizar as práticas racistas e classistas que compõem nossas vivências e se colocam nas relações. Para tanto, e ainda como possibilidade de contemplar os aspectos de (re)inserção comunitária dos adolescentes, compreendemos a necessidade de ampliar as relações institucionais e trazer a perspectiva da completude interinstitucional e, assim, a necessidade de construção de parcerias com interlocutores externos. O Café Socioeducativo, contará a princípio com a contribuição do Professor Doutor Alexsandro Eleutério Pereira de Souza, dado sua pesquisa e atuação nos seguintes temas: Racismo, Território, Sociabilidade, Identidade, Justiça Social, Populações negras, Políticas de Ação Afirmativa, Sociologia das relações étnico-raciais e hierarquias raciais e desigualdades duráveis.

Nomear o projeto como “Café Socioeducativo” é indicativo da metodologia com que se quer desenvolver sua atuação, uma roda de conversa marcada pela abertura e colhimento a expressão de cada pessoa envolvida, bem como da informalidade.

O encontro inaugural do projeto ocorreu na tarde do dia 12/08, contemplando a princípio o envolvimento de 4 adolescentes. Serão encontros quinzenais com a participação do convidado externo, mas que se desdobram com atividades preparatórias envolvendo o reconhecimento de possibilidades expressivas como a música, a literatura, a cinematografia, entre outras. Na rodada de avaliação proposta aos participantes, as falas indicaram o interesse e pertinência do tema da discussão e a identificação com as reflexões que integraram o café!

     

17/08/2020

 

Live "Desafios e possibilidades no ensino remoto nos serviços de acolhimento para crianças e adolescentes"

Na próxima quarta-feira (19/08), às 17 horas o Comitê Interinstitucional Socioeducativo promove uma live sobre "Desafios e possibilidades no ensino remoto nos serviços de acolhimento para crianças e adolescentes". Participarão da live a Chefe do Departamento de Acompanhamento Psicológico da SEED/PR, Elana Provenci, e também a Pedagoga da Associação Cristã de Assistência Social, Rodineia Dias Oliveira de Lima. Você pode acompanhar a transmissão através do canal da 2ªVice no YouTube através do link https://youtu.be/hkL1Fa3yYXY. Participe

12/08/2020

 

Nota Técnica #2 - Comitê Interinstitucional Protetivo lança nota com 
recomendações e orientações protetivas para crianças e adolescentes

Na última segunda-feira (10/08), o Comitê Interinstitucional Protetivo do Paraná lançou a 2ª Nota Técnica, a fim de apresentar orientações e recomendações para o atendimento de crianças e adolescentes inseridos em serviços de acolhimento, institucional ou familiar, no período de pandemia da Covid19.
O documento, com base em normativas estaduais, apresenta o sistema de notificação desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde, com orientações quanto ao preenchimento de informações.

Sobre o Comitê
O Comitê Interinstitucional Protetivo do Paraná é uma iniciativa do Conselho de Supervisão e da Coordenadoria dos Juízos da Infância e da Juventude (CONSIJ-CIJ) do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). Foi criado em 27 de maio, através do Ato Conjunto nº 01/2020, com o objetivo de acompanhar as medidas de prevenção à Covid-19, com atenção para o sistema protetivo de crianças e adolescentes inseridos em acolhimento institucional ou familiar, além de vítimas de violência no Estado do Paraná.
Composto por membros do TJPR, do Ministério Público do Paraná (MPPR), da Defensoria Pública do Paraná (DPPR), da Ordem dos Advogados do Brasil – Paraná (OAB/PR), da Secretaria da Justiça, Família e Trabalho (SEJUF), da Secretaria da Saúde do Paraná (SESA), do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), da Associação dos Municípios do Estado do Paraná e do Conselho Tutelar do Paraná, o grupo realiza ações previstas nos termos do art. 6º da Lei nº 13.979, 6 de fevereiro de 2020, e na Recomendação Conjunta nº 01/2020, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e demais atores do sistema protetivo.
Download

 

12/08/2020

 

Ações abordando a Temática das Drogas

 

11/08/2020

 

Oficina de mandala: CENSE Maringá

As oficinas foram organizadas pela equipe técnica e os adolescentes trabalham em duplas. O ambiente foi preparado especialmente para que eles conseguissem se soltar na imaginação. É um momento ao qual se percebem como parte de um todo e protagonistas de uma construção maior. Momentos que sonhos despertam e estímulos positivos são reforçados, principalmente nesse momento de pandemia. Literalmente uma terapia! Trabalho maravilhoso!! Me sinto orgulhoso por essa equipe! E nesses momentos também nos percebemos da importância de sermos socioeducadores e poder participar do desenvolvimento de um adolescente. Essa oficina tem a participação de toda a equipe, pois muitos desses objetos são confeccionados com materiais que iriam para o lixo, como as tampas das marmitas entre outros materiais trazidos pelos servidores.

         

 

11/08/2020

 

Lançamento do Livro - Cartas da Liberdade 
Autor: Marcelo Avelar de Souza - Assistente Social

A recente obra de Marcelo Avelar de Souza, Assistente Social do CENSE Cascavel I, que traz reflexões e experiências baseadas em cartas escritas por adolescentes e familiares (respeitado o anonimato). Marcelo por muitos anos esteve sob licença médica, o que nunca o impediu de desempenhar um ótimo trabalho na Socioeducação, retornando há pouco tempo para as atividades laborais presenciais.
Abaixo alguns trechos do livro, com as cartas elaboradas pelos adolescentes:

"Dói muito em mim saber que de tudo o que eu tinha planejado nada deu certo. Você sabe o que eu queria, né? Aqui tenho muito tempo para pensar. Me arrependo por muitas coisas. Se pudesse voltar no tempo ia fazer totalmente diferente."

"(...) suas escolhas afetam seu futuro e com força de vontade você pode conseguir uma vida nova."

"(...) o sentido da vida poderia assim ser compreendido: experienciar --> aprender -->
viver --> continuar. A cada momento temos novas experiências em nossas relações, as
quais – todas – nos permitem sermos melhores a cada dia, se conseguirmos enxergar os
ensinamentos de cada ação."

10/08/2020

 

Live "Direitos dos Adolescentes e do Jovem e Privação de Liberdade"

 

Na próxima quarta-feira (12/08), o Comite Socioeducativo Interinstitucional promove através do canal do YouTube da 2ª Vice-Presidência, abre um espaço de informação e diálogo sobre direitos do adolescente o do jovem abordando também o contexto de privação de liberdade. A live vai ocorrer a partir das 17 horas e contará com a participação do Desembargador Ruy Muggiati e do Senhor Renato de Almeida Freitas Jr. Acompanhe a live pelo canal do YouTube da 2ª Vice-Presdência, ou através do link https://youtu.be/-xghVPP0_cs

 

07/08/2020

 

Estratégias Pedagócicas no Cotidiano de Crianças e Adolescentes Acolhidos

 

                

 

07/08/2020

 

5 Ações para a Promoção da Saúde Mental de Crianças e Adolescentes Acolhidos

 

                    

 

05/08/2020

 

Estudos de Casos no CENSE Joana Richa

Por conta do período de pandemia, em que os Centros de Socioeducação do Estado do Paraná tiveram que adotar medidas para contenção da propagação do vírus da COVID-19, se tornou necessário e imperioso que as equipes criem estratégias para não causar maiores prejuízos ao andamento dos processos dos adolescentes que cumprem medida socioeducativa.

Nesse sentido e considerando o que está preconizado nos CADERNOS DA SOCIOEDUCAÇÃO – Caderno Bases Teórico Metodológicas da Socioeducação:

“Destaca-se que o PIA é um desdobramento do Projeto Político Pedagógico institucional, ou seja, materializa uma visão de homem, sociedade e do trabalho socioeducativo, por isso a importância da construção alinhada e coletiva do que queremos enquanto projeto de socioeducação. Isto será decisivo para o estabelecimento das relações e para operar com os instrumentos metodológicos e por conseguinte, para preparar o desligamento.
Esta preparação deve ser pautada num ideal garantista dos direitos fundamentais da pessoa humana, visando a articulação da rede de proteção social às necessidades apresentadas pelo sujeito, interferindo nas situações de vulnerabilidade e risco que vivenciam, diminuindo, assim, o risco de reincidência. O desafio, consiste em dar concretude a esses direitos, articulando as políticas públicas de forma a atender o adolescente de forma integral, contando com sua participação neste processo.”

As equipes dos Centros de Socioeducação têm buscado utilizar ferramentas diversas para facilitar e garantir o diálogo com as redes de apoio, articulando os encaminhamentos necessários para auxiliar os adolescentes no retorno ao convívio social. Nesse sentido várias intervenções têm sido realizados através do recurso de reuniões online e tem garantido as discussões dos casos e o compartilhamento das responsabilidades, extremamente necessários para efetivar o trabalho das equipes.

A utilização de ferramenta de comunicação remota tem se mostrado muito efetiva para reunir os atores da rede de Garantia dos Direitos dos Adolescentes e proporcionar essas discussões e articulações, buscando não só clarificar a responsabilidade de cada serviço como também pensando juntos em cada caso e encaminhamentos que possam beneficiar adolescentes e seus familiares.

A articulação da rede sempre foi um grande desafio para as equipes nas unidades, é alternativa extremamente necessária e urgente, demanda construção de parcerias em um contexto que se mostra ainda mais complexo com o período de pandemia da COVID-19. A intersetorialidade perpassa pelas diferentes políticas setoriais, superando modelos fragmentados e visando ações conjuntas e articulação entre os serviços e órgãos, contribuindo para a efetivação dos trabalhos realizados com os adolescentes desde o tempo dentro dos Censes até o retorno ao convívio social e o acesso aos serviços fora do Cense.

No Cense Joana Richa a utilização da ferramenta de comunicação remota têm sido muito utilizada, tanto para ligações entre adolescentes e seus familiares, conversas
com advogados ou com defensores públicos, consultas médicas, atendimentos psicológicos e também para a realização dos Estudos de Caso com a participação da rede de apoio tanto de Curitiba quanto de outros municípios. A prática tem resultados muito positivos, efetiva o trabalho em rede, imprescindível para o retorno das adolescentes ao convívio em sociedade e potencializa o acesso a essa rede quando a adolescente estiver fora do Cense. A participação de representantes dos serviços legitimam essas discussões e possibilitam ações práticas por partes desses serviços.

“Recentemente realizamos aqui no Cense Joana mais um Estudo de Caso de forma remota com a participação de representantes do Creas Santa Felicidade, do Conselho Tutelar, da FAS – Fundação de Ação Social e do Ministério Público representado pela Douta promotora Daniele Tuoto, foram discutidos e articulados encaminhamentos importantes para uma adolescente em cumprimento de medida, as discussões foram objetivas e o encaminhamento vai possibilitar que a adolescente seja assistida pela rede de forma completa e com total conhecimento das potencialidades e limitações de seu caso. E principalmente que todos possam se preparar e fazer sua parte no processo de desligamento dessa adolescente. A nova conjuntura nos desafia a buscar por novas estratégias e nos apresenta novas possibilidades, que se mostram efetivas e se colocam como novas de formas de trabalho, que poderemos, inclusive, nos utilizar quando a situação mudar.”

Portanto, mesmo em meio ao período de pandemia e a complexidade dessa situação, novos recursos e a busca por novas formas de articulação de rede, possibilitam a integração de serviços, de pessoas e de instituições. Dando efetividade ao trabalho realizado e possibilitando o compartilhamento de responsabilidades, na busca de uma melhor qualidade dos serviços e da superação das limitações.

    

05/08/2020

 

Atividades Pedagógicas durante a Pandemia em Umuarama

A pandemia de COVID-19 mudou o cotidiano das unidades de privação de liberdade do Estado. Considerando a necessidade de adoção de medidas preventivas, as aulas presenciais, atividades externas e visitas familiares foram suspensas, seguindo as orientações de órgãos de saúde e de justiça do estado. Frente a esta nova realidade, a equipe do Centro de Socioeducação Umuarama vem, desde o final do mês de março de 2020, buscando estratégias de intervenção que amenizem os efeitos dessas medidas – e da própria privação de liberdade – na saúde mental dos adolescentes, e que também reforcem o caráter pedagógico da internação.

Semanalmente, a unidade está desenvolvendo atividades dinâmicas e interativas com os adolescentes a partir do uso de tecnologias de informação, mídias sociais, recursos audiovisuais, lúdicos e terapêuticos. Considerando o caráter interdisciplinar que permeia o trabalho socioeducativo, as atividades são desenvolvidas em grupos com no máximo quatro adolescentes, coordenadas pela equipe técnica da unidade, formada pelas assistentes sociais Camila Cabral Paludo e Marisa Eliete do Nascimento Juliani, pela pedagoga Lilian Keilli Alves da Costa e pela psicóloga Karina Soares Ambrozio, em parceria com a equipe de saúde, com os agentes de segurança socioeducativos e direção. É importante destacar que durante todas as atividades há uso de máscaras e álcool em gel pelos adolescentes e profissionais e que os objetos e espaços são higienizados de acordo com as normas vigentes.

Segue abaixo a síntese das ações realizadas pela equipe:
• Oficina de confecção de máscaras de tecidos, que foram doadas aos usuários do Centro de Referência Especializado de Assistência Social de Umuarama;
• Gincana, com provas físicas e de conhecimentos gerais;
• Oficinas de arteterapia: pintura de quadros, desenhos e de confecção de mandalas;
• Oficinas culturais: sobre história e significados das festas juninas brasileiras, e sessões de cinema;
• Oficinas de reflexão e cidadania, que abordaram o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (18 de Maio), os 30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente, e as relações de trabalho na sociedade;
• Oficina psicopedagógica: promovendo o conhecimento do funcionamento do cérebro e o exercício das funções cognitivas de memória, atenção, percepção visual e raciocínio lógico;
• Práticas restaurativas: círculos de construção de paz;
• Palestras e rodas de conversa na área de saúde, sobre COVID-19, relação com as drogas e higiene bucal, que além dos servidores da unidade, contaram com a participação de profissionais de saúde que atuam na rede, através de videochamadas.

Os adolescentes tem apresentado boa adesão e participação nas atividades proporcionadas e sempre solicitam novas ações. A avaliação da equipe é positiva, visto que estas ações estão de acordo com as garantias previstas pelas normativas e com o Plano Político Pedagógico da unidade, sendo que estes momentos também são muito importantes para o fortalecimento do vínculo entre os socioeducandos e os profissionais, tão necessário para o desenvolvimento do trabalho socioeducativo.

        

 

05/08/2020

 

CENSEs de Londrina intensificam parceria para desenvolvimento de atividades Leitura para os adolescentes

Em 2019, envolvendo a atuação da equipe de profissionais da socioeducação, a contribuição do voluntário Leandro Palmerah e da docente de Língua Portuguesa Angelita Siqueira, o acervo de livros do CENSE Londrina II foi incrementado e ganhou espaço próprio: a biblioteca “Capitães de Areia”. A escolha do nome teve a participação dos adolescentes e foi pela identificação com a história narrada por Jorge Amado em seu livro.

Em 2020, já durante a pandemia, com a maior demanda dos adolescentes pelas leituras e, identificando a necessidade de constituição de uma sede que além de reunir o acervo, favorecesse a constituição de um espaço acolhedor para ingresso no mundo da leitura. Além disso, que pudesse sediar ações com os adolescentes e a comunidade educativa, por meio da leitura e do debate, que fomentassem a atuação socioeducativa. Com este espírito, a Biblioteca “Capitães de Areia” ganhou nova sede.

Em 29/07, tivemos a inauguração do clube de leitura da Capitães de Areia. O encontro, realizado virtualmente, teve como primeira temática o enfrentamento ao racismo e a construção de ações antirracistas, tendo como livro de referência, o Pequeno Manual Antirracista da filósofa e ativista Djamila Ribeiro. O livro foi lido e debatido anteriormente pelos adolescentes e também pelos profissionais que, na manhã da quarta, se reuniram em encontro marcado pela maior horizontalidade.

Na ação inaugural, pudemos contar com a participação dos adolescentes dos CENSEs I e II de Londrina, acompanhados pelas equipes das instituições, contando ainda com a presença de leitores externos e que são parceiros tanto na constituição do espaço e na valorização da leitura, quanto do sistema socioeducativo: a Juíza da Vara de Adolescentes em Conflito com a Lei – Claudia Catafesta, o Promotor da 27ª Promotoria de Justiça – Marcelo Briso, e a Defensora Pública Elisabete Arruda Silva, todos da Comarca de Londrina.